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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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Nestes casos, o padrão <strong>de</strong>tectado foi C≠(G=T) e as duas variáveis que mais contribuíram<br />

para estas dissimilarida<strong>de</strong>s foram a área <strong>de</strong> algas encrustantes moles e rocha nua, em t1,<br />

e a área <strong>de</strong> algas encrustantes duras e rocha nua, naquela variação percentual. Assim, a<br />

apanha <strong>humana</strong> <strong>de</strong> lapas <strong>no</strong> <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> po<strong>de</strong> ter importantes e<br />

persistentes efeitos negativos, directos e indirectos, sobre as populações exploradas e as<br />

comunida<strong>de</strong>s a que pertencem.<br />

Apesar da importância ecológica, social e económica <strong>de</strong>sta exploração, não<br />

existe regulamentação específica que condicione estas activida<strong>de</strong>s a uma gestão<br />

sustentável. Mesmo quando esta regulamentação existe, o esforço <strong>de</strong> controlo e<br />

fiscalização é geralmente insuficiente ou ineficaz. Com esta ausência <strong>de</strong> controlo e<br />

gestão, estes recursos têm vindo a ser explorados duma forma intensa e <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nada,<br />

sendo aparente o <strong>de</strong>créscimo dos quantitativos capturados e o aumento do esforço <strong>de</strong><br />

exploração. Acresce-se a este pa<strong>no</strong>rama o <strong>de</strong>ficiente ou pontual conhecimento científico<br />

da biologia e ecologia das populações exploradas e dos sistemas envolvidos, bem como<br />

dos impactes <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s. Devido às suas características biológicas e a<br />

interacções intra- e interespecíficas, muitas das espécies colectadas são bastante<br />

vulneráveis à exploração <strong>humana</strong>, e os seus stocks po<strong>de</strong>m ser facilmente<br />

sobreexplorados. Deste modo, é urgente a aplicação <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> gestão e<br />

conservação que permitam a utilização sustentável <strong>de</strong>stes recursos e habitats, tais como<br />

a aplicação e revisão da legislação existente, e a criação <strong>de</strong> áreas marinhas protegidas,<br />

com base em estudos sobre as populações exploradas e os impactes <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s.<br />

A recuperação <strong>de</strong> populações exploradas em reservas marinhas e em áreas adjacentes é<br />

um dos vários benefícios que esta protecção po<strong>de</strong> originar, em conjunto com os<br />

relacionados com a conservação, a educação, a ciência, o turismo e a recreação. Sendo<br />

gran<strong>de</strong> parte do <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> pertencente à faixa marinha do Parque Natural<br />

do Sudoeste Alenteja<strong>no</strong> e Costa Vicentina, esta protecção legal é uma oportunida<strong>de</strong> para<br />

a implementação <strong>de</strong>stas medidas <strong>de</strong> gestão e conservação, num processo que <strong>de</strong>verá<br />

ser adaptativo e integrado, permitindo a co-responsabilização dos utilizadores e gestores.<br />

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