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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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os dois períodos amostrados; o padrão geral C=G>T foi observado na análise da área<br />

coberta por algas encrustantes moles <strong>no</strong>s territórios <strong>de</strong> uma das áreas experimentais<br />

amostradas em t1; os padrões gerais C>T>G e C=G>T foram registados na análise da<br />

variação percentual da área total. Aten<strong>de</strong>ndo a estes resultados, a significativa diminuição<br />

da área vital, bem como da área coberta por algas encrustantes moles, <strong>no</strong>s territórios que<br />

foram sujeitos ao tratamento T po<strong>de</strong>riam ter tido um efeito contrário <strong>no</strong> referido recrutamento<br />

<strong>de</strong> lapas pequenas, ao provocarem a redução do substrato disponível para o seu<br />

assentamento e a<strong>de</strong>são <strong>no</strong>/ao substrato.<br />

Deste modo, é possível que outros factores tenham sido mais importantes para a<br />

obtenção do referido padrão, <strong>de</strong>signadamente relacionados com a competição por espaço<br />

com outras lapas. Com efeito, a abundância <strong>de</strong> lapas adultas po<strong>de</strong> ter um efeito negativo <strong>no</strong><br />

recrutamento <strong>de</strong> lapas juvenis, tal como foi observado por Branch e O<strong>de</strong>ndaal (2003) <strong>no</strong><br />

acima referido estudo sobre a dinâmica populacional da lapa Cymbula oculus. No entanto,<br />

os mesmos autores referem que, <strong>no</strong>utros estudos realizados com diferentes espécies <strong>de</strong><br />

lapas, incluindo do género Patella, a abundância <strong>de</strong> adultos teve efeitos positivos, negativos<br />

ou nulos <strong>no</strong> recrutamento <strong>de</strong> lapas juvenis, estando estas relações <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> vários<br />

factores, <strong>de</strong>signadamente a competição por alimento (ver acima).<br />

Por outro lado, é possível que a maior colonização por algas folhosas, observada<br />

<strong>no</strong>s territórios daquele local que foram sujeitos ao tratamento T, tenha contribuído para<br />

aumentar a protecção <strong>de</strong> lapas pequenas em relação à <strong>de</strong>ssecação, ao hidrodinamismo e a<br />

eventuais predadores (Branch, 1981). No presente trabalho, tal como em Dye (1993), foram<br />

frequentemente observados exemplares <strong>de</strong> P. ulyssiponensis, <strong>no</strong>meadamente <strong>de</strong> pequena<br />

dimensão, distribuídos na periferia dos territórios alimentares e inseridos como uma cunha<br />

por baixo <strong>de</strong> algas folhosas.<br />

Área vital <strong>de</strong> lapas e área coberta por outros organismos<br />

Aumento da área <strong>de</strong> rocha nua e outros efeitos<br />

No estudo dos efeitos da remoção <strong>de</strong> lapas na área vital <strong>de</strong>stes moluscos e na<br />

área coberta por outros organismos, a resolução espacial foi, <strong>no</strong> máximo, a do território,<br />

tendo sido <strong>de</strong>tectados efeitos significativos <strong>no</strong>s dois tipos <strong>de</strong> análise em que foram testados.<br />

Nas análises univariadas, as ANOVA revelaram efeitos significativos em três variáveis, nas<br />

quais o factor remoção não foi significativo em t0, embora tenha sido apenas numa <strong>de</strong>las - a<br />

área <strong>de</strong> rocha nua -, em que foi <strong>de</strong>tectado um padrão geral. Este padrão correspon<strong>de</strong>u a<br />

C>G=T (C- controlo, não remoção <strong>de</strong> lapas; G- remoção <strong>de</strong> todas as lapas <strong>de</strong> tamanho<br />

gran<strong>de</strong>, com CMC ≥30mm; T- remoção <strong>de</strong> todas as lapas) e foi <strong>de</strong>tectado tanto em t1, como<br />

na variação percentual ocorrida entre os dois períodos amostrados. Nas outras variáveis em<br />

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