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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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com base numa amostragem mais directa e padronizada, como a utilizada por Bennett e<br />

Attwood (1991; 1993).<br />

Por outro lado, os valores estimados <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> e rendimento da pesca à linha,<br />

exercida na costa e a partir <strong>de</strong> terra, obtidos na costa sul-africana em campanhas <strong>de</strong><br />

observação directa (Brouwer e outros, 1997), são bastante semelhantes aos observados <strong>no</strong><br />

presente trabalho:<br />

- com base em campanhas diurnas efectuadas durante cerca <strong>de</strong> dois a<strong>no</strong>s (1994 a<br />

1996) ao longo da costa sul-africana, após terem sido percorridos por terra cerca <strong>de</strong><br />

19600km e, por ar, cerca <strong>de</strong> 16500km, foram observadas <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s médias <strong>de</strong> 2,3 e 1,9<br />

pescadores por quilómetro, respectivamente (tabela 2.43);<br />

- mediante o contacto directo com os pescadores, <strong>no</strong> âmbito das referidas<br />

campanhas por terra, foi estimada uma captura total anual <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2983 toneladas<br />

(peso fresco) em cerca <strong>de</strong> 2500km <strong>de</strong> costa sul-africana, o que correspon<strong>de</strong> a um<br />

rendimento anual <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 1193kg/km (tabela 3.10).<br />

No presente estudo, as campanhas diurnas <strong>de</strong> amostragem da intensida<strong>de</strong> da<br />

exploração, que <strong>de</strong>correram durante cerca <strong>de</strong> dois a<strong>no</strong>s, entre 1994 e 1996, e <strong>no</strong> âmbito das<br />

quais foram percorridos por terra cerca <strong>de</strong> 2250km, permitiram estimar, na costa rochosa<br />

alentejana, uma <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> média global <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 2 pescadores à linha por quilómetro<br />

(tabela 2.43). Tendo em conta os valores <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> pescadores à linha<br />

observados em diferentes condições <strong>de</strong> maré, e as estimativas <strong>de</strong> rendimento médio obtidas<br />

nas campanhas diurnas do Verão <strong>de</strong> 1999, foi estimado um rendimento anual <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

1405kg/km, <strong>no</strong> caso da pesca à linha praticada a partir <strong>de</strong> terra na costa rochosa alentejana<br />

(tabela 3.10).<br />

A comparação dos valores obtidos <strong>no</strong> âmbito <strong>de</strong>stes estudos é dificultada pelo<br />

facto <strong>de</strong> Brouwer e outros (1997) terem amostrado todos os habitats costeiros, e <strong>de</strong> só as<br />

costas rochosas terem sido amostradas <strong>no</strong> presente trabalho. Embora a intensida<strong>de</strong> da<br />

pesca à linha, praticada a partir <strong>de</strong> terra em costas dominadas por substrato móvel, não<br />

tenha sido analisada <strong>no</strong> presente estudo, as observações efectuadas ao longo <strong>de</strong>ste<br />

trabalho indicam que, na costa alentejana, esta activida<strong>de</strong> é me<strong>no</strong>s intensa neste tipo <strong>de</strong><br />

habitat, quando comparada com a que é exercida a partir <strong>de</strong> terra em costas dominadas por<br />

substrato duro. Deste modo, se aquele habitat tivesse sido incluído <strong>no</strong> presente trabalho, os<br />

respectivos valores globais <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> e rendimento teriam sido provavelmente me<strong>no</strong>res<br />

que os acima referidos. De qualquer modo, a semelhança entre os referidos valores obtidos<br />

<strong>no</strong> âmbito do presente estudo e por Brouwer e outros (1997), reforça <strong>no</strong>vamente a sugestão<br />

<strong>de</strong>corrente dos resultados do presente estudo, <strong>no</strong> respeitante ao impacte negativo da<br />

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