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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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Sustentabilida<strong>de</strong> da predação <strong>humana</strong><br />

Apanha <strong>de</strong> ouriço-do-mar<br />

Na análise da sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong>, foram utilizados dados obtidos <strong>no</strong><br />

estudo <strong>de</strong> variação da intensida<strong>de</strong> da exploração <strong>humana</strong> entre períodos antes (Ant),<br />

durante (Dur) e <strong>de</strong>pois (Dep) da Páscoa (secção 2), <strong>de</strong>vido à referida importância <strong>de</strong>sta<br />

variação temporal para a apanha <strong>de</strong> ouriço-do-mar que é efectuada na região em estudo<br />

(secções 2 e 7.1).<br />

Consi<strong>de</strong>rando que os períodos Dur amostrados possuíram, em média, 20,5 dias <strong>de</strong><br />

marés vivas (com baixa-mar matinal <strong>de</strong> altura igual ou inferior a 0,7m, <strong>de</strong> acordo com as<br />

previsões para o porto <strong>de</strong> Sines publicadas nas respectivas tabelas <strong>de</strong> marés do Instituto<br />

Hidrográfico) e que o <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> possui uma extensão total <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong><br />

46,4km <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> costa (secção 2.4), po<strong>de</strong>mos estimar que, em média, cerca <strong>de</strong> 10653<br />

pessoas exerceram a apanha <strong>de</strong> ouriço-do-mar <strong>no</strong> <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> e <strong>no</strong>s dias <strong>de</strong><br />

baixa-mar <strong>de</strong> marés vivas <strong>de</strong> cada período Dur consi<strong>de</strong>rado.<br />

Esta generalização a todo o <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> é um pouco abusiva,<br />

aten<strong>de</strong>ndo a que: existem locais em que esta activida<strong>de</strong> é me<strong>no</strong>s intensa, sobretudo <strong>de</strong>vido<br />

à sua me<strong>no</strong>r acessibilida<strong>de</strong> por terra; em dois dos três casos em que se analisou a variação<br />

entre períodos Ant, Dur e Dep, foram <strong>de</strong>tectadas diferenças significativas entre as praias<br />

amostradas, sobretudo <strong>no</strong>s períodos Dur e em dias não úteis, embora não tenha sido<br />

revelado algum padrão geral comum; a estimativa acima referida foi obtida a partir da<br />

amostragem <strong>de</strong> apenas quatro praias localizadas <strong>no</strong> extremo <strong>no</strong>rte da região em estudo. No<br />

entanto, face à variabilida<strong>de</strong> interanual acima referida, esta estimativa é, das que dispomos<br />

<strong>no</strong> presente trabalho, a que <strong>no</strong>s parece mais representativa em termos espaciais e<br />

temporais.<br />

Como foi referido na secção 2.4, o peso das capturas <strong>de</strong> ouriço-do-mar efectuadas<br />

na época das “ouriçadas” não foi directamente estimado <strong>no</strong> presente trabalho. No entanto,<br />

com base <strong>no</strong>s trabalhos <strong>de</strong> Angélico (1990) e <strong>de</strong> Guiomar (1997), e nas observações feitas<br />

ao longo do presente trabalho, foi possível estimar aquele valor. Nesta estimativa indirecta,<br />

tivemos em consi<strong>de</strong>ração que:<br />

- num estudo sobre esta espécie conduzido em níveis intertidais inferiores <strong>de</strong><br />

quatro praias <strong>de</strong> amostragem do <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> (Oliveirinha, Burrinho, Nascedios<br />

e Cabo Sardão), através <strong>de</strong> colheitas efectuadas em períodos <strong>de</strong> baixa-mar <strong>de</strong> marés vivas<br />

antes (Janeiro e Fevereiro) e <strong>de</strong>pois (Maio e Junho) da Páscoa <strong>de</strong> 1996, Guiomar (1997)<br />

registou <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s médias entre cerca <strong>de</strong> 4 e 13 indivíduos gran<strong>de</strong>s por 2 minutos <strong>de</strong><br />

pesquisa (simulando um pescador), tendo os valores médios mais frequentes sido<br />

observados entre 8 e 10 indivíduos gran<strong>de</strong>s por 2 minutos <strong>de</strong> pesquisa (<strong>no</strong> presente<br />

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