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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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3.2- Material e métodos<br />

Rendimento da predação <strong>humana</strong><br />

Variação em função da intensida<strong>de</strong> da exploração <strong>humana</strong><br />

Técnicas <strong>de</strong> amostragem<br />

No caso das activida<strong>de</strong>s exercidas durante a baixa-mar, a avaliação do número <strong>de</strong><br />

pessoas utilizadoras do <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong>, e da sua principal activida<strong>de</strong> exercida na altura da<br />

observação, foi efectuada com as técnicas <strong>de</strong> amostragem referidas na anterior secção. O<br />

esforço <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação foi avaliado através <strong>de</strong> estimativas directas ou<br />

indirectas do peso do pescado capturado por cada pescador ao longo <strong>de</strong> um período diur<strong>no</strong><br />

<strong>de</strong> baixa-mar <strong>de</strong> marés vivas (ver adiante, em Delineamento da amostragem). Mediante a<br />

i<strong>de</strong>ntificação taxonómica do pescado, esta avaliação foi efectuada por espécie, (<strong>no</strong> caso <strong>de</strong><br />

invertebrados como percebe, bruxa, navalheira, caranguejos-da-rocha, santola, mexilhão,<br />

choco, polvo ou ouriço-do-mar, e <strong>de</strong> peixes como moreia, congro, robalos, sargo ou safia),<br />

ou por conjunto <strong>de</strong> espécies, como <strong>no</strong> caso das lapas, dos burriés, dos camarões, dos<br />

invertebrados para isco, e <strong>de</strong> peixes como os bodiões, os burrinhos e os peixes-rei (ver<br />

<strong>no</strong>mes científicos na tabela 2.1).<br />

No final <strong>de</strong> períodos <strong>de</strong> baixa-mar <strong>de</strong> marés vivas, foram directamente contactados<br />

pescadores em activida<strong>de</strong> (ou imediatamente após a conclusão da activida<strong>de</strong>) <strong>no</strong> local <strong>de</strong><br />

amostragem, aos quais foi pedida licença para analisar o pescado capturado. Após o acordo<br />

prévio do pescador, que nunca foi recusado, efectuou-se a observação do pescado <strong>no</strong><br />

recipiente (bal<strong>de</strong>, cesto ou saco) <strong>de</strong> transporte. Nos casos em que houve maior cooperação<br />

por parte do pescador, o respectivo pescado foi pesado (por indivíduo e/ou espécie) com<br />

uma balança portátil (peso fresco; precisão <strong>de</strong> 50g entre 0 e 2kg, e <strong>de</strong> 100g entre 2 e 20kg)<br />

e, quando se tratou <strong>de</strong> lapas, também se proce<strong>de</strong>u à i<strong>de</strong>ntificação da espécie que<br />

compunha a maior parte da captura.<br />

No entanto, <strong>de</strong>vido ao facto <strong>de</strong> a maioria dos pescadores estar ainda em activida<strong>de</strong><br />

quando foi contactada, o peso do pescado foi, na maior parte dos casos, indirectamente<br />

estimado pelo registo visual do volume ocupado por cada espécie, ou conjunto <strong>de</strong> espécies,<br />

<strong>no</strong> recipiente <strong>de</strong> transporte (aplicado, sobretudo, às capturas <strong>de</strong> polvo, percebe, mexilhão,<br />

lapas, burriés e camarões), ou mediante a classificação do seu tamanho (aplicada,<br />

sobretudo, às capturas <strong>de</strong> polvo, quando isolado, e <strong>de</strong> crustáceos, exceptuando camarões,<br />

e peixes). Através <strong>de</strong>stas observações directas, foi também efectuada a i<strong>de</strong>ntificação<br />

taxonómica (<strong>de</strong> cada espécie ou conjunto <strong>de</strong> espécies) da totalida<strong>de</strong> do pescado.<br />

Ao efectuar a pesagem directa do pescado junto dos pescadores, tal como acima<br />

referido, foi também a<strong>no</strong>tado o volume ocupado por cada espécie, ou conjunto <strong>de</strong> espécies,<br />

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