05.06.2013 Views

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Mediante amostragem <strong>de</strong>strutiva efectuada ao longo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> um a<strong>no</strong> por Cruz<br />

(2000), foi possível estimar o valor <strong>de</strong> B como cerca <strong>de</strong> 282712kg/km 2 (peso fresco <strong>de</strong><br />

percebes, após fixação e conservação em eta<strong>no</strong>l).<br />

A estimativa <strong>de</strong> M foi baseada <strong>no</strong> seguimento, por parte <strong>de</strong> Cruz (2000), <strong>de</strong> uma<br />

pare<strong>de</strong> rochosa on<strong>de</strong> diversos exemplares foram marcados e seguidos durante vários<br />

períodos <strong>de</strong> 4 meses ao longo <strong>de</strong> um a<strong>no</strong>. Tendo sido inicialmente marcados 28 exemplares<br />

e restado 22, M foi estimado como 0,2412 através da aplicação da equação Z=lnN0-lnNt,<br />

referida por Ricker (1975) para o cálculo da taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> total Z (Z=F+M; N<br />

correspon<strong>de</strong> ao número <strong>de</strong> indivíduos antes e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado intervalo <strong>de</strong> tempo<br />

“t”). Na realida<strong>de</strong>, durante o período <strong>de</strong> amostragem, não foram registadas marcas <strong>de</strong><br />

exploração <strong>humana</strong> na referida pare<strong>de</strong>, pelo que este valor <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> foi consi<strong>de</strong>rado<br />

equivalente a M.<br />

Na estimativa <strong>de</strong> Y, em que foi obtido o valor <strong>de</strong> 129980kg/km 2 /a<strong>no</strong>, utilizou-se o<br />

respectivo valor <strong>de</strong> rendimento mencionado na tabela 3.9, em conjunto com o resultado da<br />

medição da largura média do nível <strong>de</strong> maré inferior do <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> (15m; ver<br />

acima), on<strong>de</strong> o percebe é mais abundante e a sua exploração <strong>humana</strong> é mais frequente<br />

(Cruz, 2000).<br />

Com base nestes valores, a aplicação das equações MSY(Schaefer) e MSY(Fox) produziu<br />

os valores <strong>de</strong> 726031 e 168749kg/km 2 /a<strong>no</strong>, aproximada e respectivamente. Em termos<br />

proporcionais, Y correspon<strong>de</strong> a cerca <strong>de</strong> 19% do primeiro valor e a cerca <strong>de</strong> 77% do<br />

segundo.<br />

Apanha <strong>de</strong> lapas<br />

De acordo com a observação directa <strong>de</strong> capturas <strong>de</strong> pescadores efectuada <strong>no</strong><br />

Verão <strong>de</strong> 1999 (ver atrás), as lapas capturadas foram dominadas por Patella ulyssiponensis,<br />

tanto em número (em cerca <strong>de</strong> 87% <strong>de</strong> 23 réplicas) como em peso (cerca <strong>de</strong> 93,4% <strong>de</strong> um<br />

total <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 31,2kg, dos quais, 5% foram P. <strong>de</strong>pressa e 1,6% correspon<strong>de</strong>ram a P.<br />

vulgata). Do mesmo modo, também se verificou a dominância <strong>de</strong>sta espécie em lapas<br />

comercializadas em Sines. Com efeito, em oito réplicas <strong>de</strong> aproximadamente 1kg cada,<br />

obtidas em dois estabelecimentos comerciais em 1995 (sete réplicas adquiridas ao longo do<br />

a<strong>no</strong>) e 1997, foi esta espécie que domi<strong>no</strong>u numérica (64,7% <strong>de</strong> um total <strong>de</strong> 957 lapas;<br />

20,7% foram P. vulgata e 14,6% P. <strong>de</strong>pressa; N=8) e pon<strong>de</strong>ralmente (70,3% <strong>de</strong> um total <strong>de</strong><br />

cerca <strong>de</strong> 2,8kg; o restante foi P. vulgata; N=3).<br />

Cruzando estes dois tipos <strong>de</strong> informação, a dominância pon<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> P.<br />

ulyssiponensis foi, em média, <strong>de</strong> 91,5% num total <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 34kg, dos quais, 4,6% foram<br />

P. <strong>de</strong>pressa e 3,9% correspon<strong>de</strong>ram a P. vulgata. Devido a esta dominância, a análise <strong>de</strong><br />

170

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!