05.06.2013 Views

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Colpomenia e os referidos anelí<strong>de</strong>os e moluscos são geralmente pouco abundantes <strong>no</strong> nível<br />

inferior <strong>de</strong> maré em estudo, po<strong>de</strong>ndo as algas Codium adhaerens e Leathesia ser<br />

abundantes neste habitat (Saú<strong>de</strong>, 2000).<br />

Efeitos da remoção <strong>de</strong> lapas<br />

Os efeitos da remoção <strong>de</strong> lapas foram estudados através <strong>de</strong> uma experiência<br />

manipulativa realizada num nível <strong>de</strong> maré inferior situado abaixo do mencionado na anterior<br />

secção. O nível utilizado neste estudo encontra-se aproximadamente <strong>no</strong> meio da zona<br />

intertidal em que a cobertura do substrato duro é dominada por algas folhosas, sobretudo<br />

vermelhas ou castanhas (Carvalho, 1993; Calado, 1994; Saú<strong>de</strong>, 2000; Silva, 2002b). Neste<br />

nível, as lapas do género Patella, <strong>no</strong>meadamente da espécie P. ulyssiponensis (Sousa,<br />

2002), são abundantes na região em estudo, nele ocorrendo com frequência lapas com<br />

tamanho explorado pelo Homem (comprimento máximo da concha igual ou superior a<br />

30mm; secção 3).<br />

A altura <strong>de</strong>ste nível intertidal, em relação ao zero hidrográfico, foi medida nas<br />

praias em estudo (Oliveirinha/Burrinho e Nascedios, ver adiante; em cada praia, foram<br />

amostrados dois locais directamente expostos à ondulação dominante), segundo técnica<br />

<strong>de</strong>scrita em Hawkins e Jones (1992), e situou-se a cerca <strong>de</strong> 0,9m (valor médio).<br />

Comparado com o nível <strong>de</strong> maré inferior atrás mencionado nesta secção, o <strong>de</strong>ste<br />

estudo possui uma me<strong>no</strong>r abundância <strong>de</strong> lapas e uma maior cobertura <strong>de</strong> algas folhosas<br />

(Saú<strong>de</strong>, 2000; Silva, 2002b; Sousa, 2002). A sua escolha para este estudo <strong>de</strong>ve-se ao facto<br />

<strong>de</strong> nele ocorrerem com mais frequência territórios alimentares <strong>de</strong> lapas relativamente<br />

peque<strong>no</strong>s e separados, por algas folhosas, <strong>de</strong> outros territórios alimentares <strong>de</strong> lapas (ver<br />

adiante): sendo peque<strong>no</strong>s, as operações <strong>de</strong> manipulação e monitorização <strong>de</strong>stes territórios<br />

é mais fácil e me<strong>no</strong>s morosa; sendo assim separados, a migração <strong>de</strong> lapas, <strong>de</strong> ou para<br />

outros territórios é mais difícil, sobretudo <strong>no</strong> caso dos indivíduos gran<strong>de</strong>s (Un<strong>de</strong>rwood, 1979;<br />

Branch, 1981).<br />

Neste estudo, foram utilizadas duas praias <strong>de</strong> amostragem do <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong><br />

alenteja<strong>no</strong> (Oliveirinha/Burrinho e Nascedios; figura 2.1), dominadas por substrato duro e<br />

com cerca <strong>de</strong> 2km <strong>de</strong> extensão, e que distam uma da outra algumas <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong><br />

quilómetros. Em cada praia, foram aleatoriamente escolhidos dois locais <strong>de</strong> amostragem,<br />

dominados por substrato duro e possuidores <strong>de</strong> me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 50m <strong>de</strong> extensão.<br />

Em cada local, foram aleatoriamente escolhidas 6 áreas experimentais <strong>de</strong> 1x2m,<br />

cujo substrato duro possuía <strong>de</strong>clive suave (

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!