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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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experimental da primeira provocou um aumento da taxa <strong>de</strong> crescimento, do tamanho e da<br />

fecundida<strong>de</strong> da segunda. Tendo em conta a elevada sobreposição da dieta <strong>de</strong>stas espécies<br />

(Godoy e More<strong>no</strong>, 1989), a superiorida<strong>de</strong> competitiva <strong>de</strong> F. picta po<strong>de</strong> resultar sobretudo da<br />

sua maior dimensão (Branch e More<strong>no</strong>, 1994). Estas diferenças dimensionais po<strong>de</strong>m ser<br />

importantes neste tipo <strong>de</strong> interacção, tendo em conta que Siphonaria gigas, a maior espécie<br />

<strong>de</strong>ste género, po<strong>de</strong> ser competitivamente superior a lapas prosobrânquias, ou estas po<strong>de</strong>m<br />

não ter efeitos negativos sobre S. gigas (Hodgson, 1999).<br />

Aten<strong>de</strong>ndo à co-habitação <strong>de</strong> P. ulyssiponensis e S. pectinata <strong>no</strong> habitat estudado,<br />

bem como à sua diferente dimensão máxima (nas réplicas colhidas neste estudo, não foram<br />

observados exemplares <strong>de</strong> S. pectinata com mais <strong>de</strong> 30mm <strong>de</strong> CMC), é possível que<br />

ocorram, neste habitat e entre estas espécies, interacções competitivas semelhantes às<br />

observadas por Creese e Un<strong>de</strong>rwood (1982) e Godoy e More<strong>no</strong> (1989). Por outro lado, a<br />

exploração <strong>humana</strong> <strong>de</strong> lapas po<strong>de</strong> alterar estas interacções, aten<strong>de</strong>ndo a que é sobretudo<br />

dirigida aos maiores exemplares <strong>de</strong> P. ulyssiponensis. No entanto, a elevada dominância <strong>de</strong><br />

P. ulyssiponensis neste habitat <strong>de</strong>ve contribuir para um claro balanço a favor <strong>de</strong>sta espécie,<br />

o que po<strong>de</strong> não acontecer em níveis <strong>de</strong> maré superiores, <strong>no</strong>s quais a abundância absoluta e<br />

relativa <strong>de</strong>sta espécie <strong>de</strong> Siphonaria é mais elevada, e apesar <strong>de</strong> co-habitar também com<br />

lapas do género Patella (Sousa, 2002). Contudo, Craig e outros (1969, citados por Hodgson,<br />

1999) observaram que S. pectinata po<strong>de</strong> remover a rocha em locais on<strong>de</strong> algas cia<strong>no</strong>fíceas,<br />

penetrando na rocha, reduziram a sua dureza, tendo a herbivoria <strong>de</strong>sta lapa contribuído<br />

para a erosão do substrato duro on<strong>de</strong> vive. Deste modo, a rádula <strong>de</strong>sta espécie po<strong>de</strong> ser<br />

mais forte que o que é <strong>no</strong>rmal nas lapas do género a que pertence, o que po<strong>de</strong> ser<br />

importante para as referidas interacções competitivas.<br />

No entanto, não foram observados efeitos da remoção <strong>de</strong> lapas na abundância<br />

<strong>de</strong>stes moluscos com CMC

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