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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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ser mais <strong>no</strong>tório em países em <strong>de</strong>senvolvimento, on<strong>de</strong> a população <strong>humana</strong> em expansão<br />

aumentará a pressão nestes recursos vivos; em consequência <strong>de</strong>sta procura <strong>de</strong> alimento e<br />

do aperfeiçoamento das técnicas <strong>de</strong> captura, transporte e armazenamento, a exploração<br />

com fins <strong>de</strong> subsistência tornar-se-á cada vez mais comercializada; e os impactes <strong>de</strong>rivados<br />

<strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s recreativas neste habitat ten<strong>de</strong>rão a aumentar <strong>no</strong>s países <strong>de</strong>senvolvidos, à<br />

medida que o tempo <strong>de</strong> recreio também aumenta.<br />

De qualquer modo, aten<strong>de</strong>ndo à referida importância dos factores socioculturais,<br />

ao facto <strong>de</strong> que certas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação <strong>humana</strong> intensamente <strong>de</strong>senvolvidas <strong>no</strong><br />

<strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> possuem uma importante componente tradicional, embora também<br />

recreativa (por exemplo, as ouriçadas pascais), ao facto <strong>de</strong> que a predação <strong>humana</strong> neste<br />

habitat é exercida <strong>de</strong> um modo intenso, espacialmente generalizado e temporalmente<br />

regular, à tendência para a <strong>litoral</strong>ização da população <strong>humana</strong> em Portugal (INE, 1992) e à<br />

elevada importância dos recursos vivos marinhos na alimentação dos Portugueses (INE e<br />

DGPA, 1998; UNDP e outros, 2000, 2003), é previsível que as activida<strong>de</strong>s em estudo se<br />

intensifiquem nas próximas décadas. Mesmo que aumente a intensida<strong>de</strong> da utilização<br />

lúdico-recreativa <strong>de</strong>ste habitat, nele também ten<strong>de</strong>rá a aumentar a intensida<strong>de</strong> das<br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação <strong>humana</strong>, assim como na costa alentejana em geral, caso não<br />

sejam accionadas medidas condicionadoras <strong>de</strong> gestão, com vista à conservação e utilização<br />

sustentável <strong>de</strong>stes recursos e dos seus habitats.<br />

Importância da exploração <strong>de</strong> recursos vivos <strong>no</strong> <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong><br />

De modo a analisar a importância das activida<strong>de</strong>s em estudo, comparando a<br />

exploração <strong>humana</strong> <strong>de</strong>senvolvida <strong>no</strong> <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> com a que tem sido<br />

efectuada <strong>no</strong>utras regiões litorais, foi construída a tabela 2.43. Porém, na literatura<br />

consultada não foram encontrados valores comparativos nalgumas das activida<strong>de</strong>s parciais<br />

e, por outro lado, a comparação <strong>de</strong> alguns dos valores apresentados nesta tabela é<br />

dificultada pela diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>lineamentos e técnicas <strong>de</strong> amostragem utilizados, bem<br />

como pela inclusão <strong>de</strong> habitats sedimentares e pela própria natureza do trabalho publicado.<br />

Por exemplo, as estimativas <strong>de</strong> Hockey e outros (1988) foram baseadas em observações<br />

aéreas efectuadas em 3 dias consecutivos <strong>de</strong> marés vivas, e a amostragem <strong>de</strong> Un<strong>de</strong>rwood<br />

e Kennelly (1990) foi efectuada na Primavera, em seis dias <strong>de</strong> fim <strong>de</strong> semana com céu<br />

pouco nublado ou limpo.<br />

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