05.06.2013 Views

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Sabellaria spp. ou <strong>de</strong> algas encrustantes como Lithophyllum liche<strong>no</strong>i<strong>de</strong>s, implicando muitas<br />

vezes a remoção ou <strong>de</strong>struição dos organismos hospe<strong>de</strong>iros. Para o mesmo fim, também<br />

são utilizados outros invertebrados intertidais, geralmente capturados durante a baixa-mar e<br />

na proximida<strong>de</strong> do local da pesca à linha, como os camarões Palaemon spp., os<br />

caranguejos-da-rocha E. verrucosa e P. marmoratus, o ouriço-do-mar P. lividus, o mexilhão<br />

M. galloprovincialis e as lapas Patella spp.. Destes, o ouriço-do-mar e o mexilhão também<br />

são utilizados para engodar, atraindo peixes para pescar com linha e anzol, mediante a sua<br />

trituração em fresco.<br />

Com mais frequência <strong>no</strong>s meses <strong>de</strong> Inver<strong>no</strong>, ocorre a apanha <strong>de</strong> bo<strong>de</strong>lha (Fucus<br />

spiralis), conhecida também como erva-salema, para uso como isco na pesca à linha com<br />

cana <strong>de</strong> salema (S. salpa), tendo sido esta a única activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apanha intertidal <strong>de</strong> algas<br />

observada ao longo do presente trabalho.<br />

A pesca à linha e submarina são sobretudo dirigidas à captura <strong>de</strong> peixes, embora<br />

invertebrados como o polvo, o choco, a navalheira, a santola e a bruxa sejam também<br />

frequentemente capturados nesta última activida<strong>de</strong>.<br />

Técnicas usadas<br />

As técnicas <strong>de</strong> captura dos animais acima referidos são muito variadas (ver<br />

<strong>de</strong>scrições sobre técnicas portuguesas <strong>de</strong> pesca artesanal <strong>de</strong> Costa e Franca, 1982, 1984,<br />

1985; Franca e Costa, 1982, 1984; Franca e outros, 1985, 1998; e Martins, 1996), sendo os<br />

instrumentos mais usados:<br />

- o bicheiro (quando comprido, muitas vezes possui uma extremida<strong>de</strong> contrária<br />

achatada, em forma <strong>de</strong> arrolhada), para a apanha <strong>de</strong> polvo e <strong>de</strong> ouriço-do-mar (neste caso,<br />

é geralmente mais curto que o utilizado para a apanha <strong>de</strong> polvo);<br />

- o xalavar e a cana (iscada com peixe ou polvo, ou com um pedaço <strong>de</strong> pa<strong>no</strong> ou <strong>de</strong><br />

plástico, geralmente branco, na extremida<strong>de</strong>), geralmente utilizados, em conjunto com o<br />

bicheiro, na apanha <strong>de</strong> polvo, caranguejos, santola, bruxa ou camarões (neste caso, é<br />

geralmente usado apenas o xalavar);<br />

- a arrolhada, para a apanha <strong>de</strong> percebe, mexilhão, ou lapas, ou para raspar<br />

substratos duros na apanha <strong>de</strong> isco;<br />

- a faca, para a apanha <strong>de</strong> lapas ou mexilhão;<br />

- a linha, com um ou mais anzóis iscados, utilizada à mão, com cana (com ou sem<br />

carreto; geralmente, uma por pescador, po<strong>de</strong>ndo ser mais), ou em palangre <strong>de</strong> fundo, para a<br />

captura <strong>de</strong> peixes;<br />

- o covo, para a captura <strong>de</strong> polvo, choco, caranguejos, santola, bruxa ou peixes<br />

(por exemplo, safio e moreia);<br />

335

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!