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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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sustentável das espécies mais exploradas e com maior importância comercial, como é o<br />

caso <strong>de</strong> várias espécies <strong>de</strong> algas, lagostas, caranguejos e moluscos gastrópo<strong>de</strong>s,<br />

embora o seu sucesso tenha variado muito entre as espécies.<br />

Na Europa, os recursos vivos dos litorais <strong>rochoso</strong>s são tradicionalmente<br />

explorados com fins comerciais, recreativos ou <strong>de</strong> subsistência em países do sul, como<br />

Itália, França, Espanha e Portugal, embora pouca informação bibliográfica sobre a<br />

exploração <strong>humana</strong> <strong>de</strong>stes habitats tenha sido possível obter ao longo do presente<br />

trabalho (por exemplo, Costa e Franca, 1985; Fanelli e outros, 1994; Molares, 1994; Cruz,<br />

1995, 2000; Barnes, 1996; Martins, 1996; Franca e outros, 1998; Castro e outros, 2000;<br />

Baptista, 2001; Jesus, 2003; Molares e Freire, 2003; Rius e Cabral, em publicação).<br />

Destes trabalhos, os únicos que apresentam dados sobre a intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas<br />

activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exploração são os <strong>de</strong> Castro e outros (2000), Jesus (2003) e Rius e<br />

Cabral (em publicação), sendo os dois últimos apenas referentes à apanha <strong>de</strong> percebe<br />

ou mexilhão, respectivamente.<br />

No respeitante ao nível <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> recursos vivos da costa alentejana, os<br />

poucos estudos existentes (Cruz, 1995, 2000; UE, 1994; Canário e outros, 1994; Silva e<br />

outros, 1998) <strong>de</strong>tectaram:<br />

- populações plena ou intensamente exploradas, como <strong>no</strong> caso do búzio<br />

(Charonia lampas), da lagosta (Palinurus elephas), do percebe (Pollicipes pollicipes), do<br />

besugo (Pagelus acarne), da choupa (Spondyliosoma cantharus), do salmonete (Mullus<br />

surmuletus) e do sargo (Diplodus sargus), em que o esforço <strong>de</strong> pesca não <strong>de</strong>ve ser<br />

aumentado;<br />

- populações em perigo <strong>de</strong> sobreexploração, como <strong>no</strong> caso do pargo (Pagrus<br />

pagrus), da bica (Pagellus erythrinus) e da safia (Diplodus vulgaris), em que o aumento<br />

do esforço <strong>de</strong> pesca po<strong>de</strong> conduzir à sobreexploração, sendo urgente a tomada <strong>de</strong><br />

medidas com vista à sua diminuição;<br />

- sobreexploração da população <strong>de</strong> robalo (Dicentrarchus labrax), em que<br />

também é urgente a tomada <strong>de</strong> medidas com vista à diminuição do esforço <strong>de</strong> pesca.<br />

Objectivos<br />

No entanto, a predação <strong>humana</strong> <strong>de</strong> litorais <strong>rochoso</strong>s tem sido alvo <strong>de</strong> estudos<br />

<strong>de</strong>talhados e extensos <strong>no</strong>utras regiões costeiras, tanto ao nível da intensida<strong>de</strong>, como do<br />

esforço <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s, com vista à avaliação da sua importância e do seu impacte, e<br />

à sua gestão (por exemplo, Durán e outros, 1987, Hockey e outros, 1988, van Herwer<strong>de</strong>n<br />

e outros, 1989, Un<strong>de</strong>rwood e Kennelly, 1990, Kingsford e outros, 1991, Kyle e outros,<br />

1997 e Lasiak, 1997; ver revisões <strong>de</strong> Un<strong>de</strong>rwood, 1993, Siegfried, 1994, Crowe e outros,<br />

2000, e Thompson e outros, 2002).<br />

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