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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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lapas (Patella ulyssiponensis, P. vulgata e P. <strong>de</strong>pressa.) e burriés (Osilinus lineatus, O.<br />

colubrina, Gibbula umbilicalis e G. pennanti).<br />

De acordo com as observações e informações acima referidas, é bastante<br />

me<strong>no</strong>s intensa a exploração <strong>humana</strong> <strong>de</strong> recursos vivos do <strong>litoral</strong> alenteja<strong>no</strong> oceânico (isto<br />

é, marinho e não lagunar ou estuari<strong>no</strong>) e não <strong>rochoso</strong>, quando comparada com a<br />

exercida <strong>no</strong> <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> da mesma região (maioritariamente oceânico). Aquele habitat<br />

é constituído por praias are<strong>no</strong>sas geralmente expostas à ondulação dominante, com<br />

povoamentos <strong>de</strong> macroinvertebrados geralmente pouco <strong>de</strong>nsos (Dexter, 1988) e, assim,<br />

pouco atraentes para os mariscadores. Nestas praias, a activida<strong>de</strong> <strong>humana</strong> <strong>de</strong> predação<br />

mais frequente é a pesca à linha com cana, geralmente dirigida a peixes bentónicos ou<br />

<strong>de</strong>mersais, e muitas vezes praticada durante a <strong>no</strong>ite. Em substrato are<strong>no</strong>so situado junto<br />

a rochas litorais po<strong>de</strong> também ser comum a apanha diurna <strong>de</strong> isco (sobretudo <strong>de</strong><br />

minhocas-do-mar) para a pesca à linha.<br />

Os restantes habitats litorais <strong>de</strong>sta região situam-se em estuários ou lagoas<br />

costeiras, como os dos rios Sado e Mira, ou como as <strong>de</strong> Meli<strong>de</strong>s e <strong>de</strong> Santo André,<br />

respectivamente. Sendo estas lagoas apenas ocasionalmente sujeitas à maré (por<br />

exemplo, Freitas e outros, 2000), <strong>no</strong> <strong>litoral</strong> <strong>de</strong>stes estuários são também frequentemente<br />

exercidas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação <strong>humana</strong> <strong>de</strong> recursos vivos, <strong>de</strong>signadamente <strong>de</strong><br />

marisqueio (por exemplo, Guerreiro, 1991; Castro, 1993, 1995; Paula, 1993; Franca e<br />

outros, 1998). Porém, também é <strong>de</strong>sconhecida a sua importância, <strong>de</strong>vido à acima<br />

referida ausência, em Portugal, <strong>de</strong> controlo e gestão da exploração e da comercialização<br />

<strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> recursos (ver também Castro, 1993, 1995).<br />

Embora estas activida<strong>de</strong>s estuarinas também careçam <strong>de</strong> estudos sobre a sua<br />

intensida<strong>de</strong>, rendimento, impacte ecológico e conservação (ver acima; Castro, 1993,<br />

1995), não são objecto <strong>de</strong> estudo <strong>no</strong> presente trabalho, exclusivamente dirigido a<br />

activida<strong>de</strong>s <strong>humana</strong>s exercidas em substratos duros e oceânicos. Nestes, será dada<br />

atenção especial à exploração <strong>humana</strong> <strong>de</strong> recursos vivos litorais e subtidais pouco<br />

profundos, sobre os quais inci<strong>de</strong>m, na região em estudo, as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> marisqueio<br />

intertidal, <strong>de</strong> pesca à linha com cana e <strong>de</strong> pesca submarina.<br />

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