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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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- em média, os <strong>de</strong>sembarques anuais <strong>de</strong> peque<strong>no</strong>s peixes pelágicos equivaleram a<br />

cerca <strong>de</strong> 68% do peso do pescado marinho, tendo atingido o valor máximo (cerca <strong>de</strong> 85%)<br />

em 1998 e 1999, e mínimo (cerca <strong>de</strong> 47%) em 1973;<br />

- em média, o montante transaccionado anualmente na primeira venda <strong>de</strong><br />

peque<strong>no</strong>s peixes pelágicos correspon<strong>de</strong>u a cerca <strong>de</strong> 33% das vendas <strong>de</strong> pescado marinho,<br />

tendo atingido o valor máximo <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 48% em 2002 (equivalente a cerca <strong>de</strong> 5,5<br />

milhões <strong>de</strong> euros, ou cerca <strong>de</strong> 1,1 milhões <strong>de</strong> contos), e mínimo (cerca <strong>de</strong> 18%) em 1973.<br />

A pesca comercial <strong>de</strong> algas marinhas também é importante na costa alentejana,<br />

<strong>no</strong>meadamente na zona da Azenha do Mar, <strong>de</strong>vido à gran<strong>de</strong> abundância <strong>de</strong> espécies<br />

agarófitas, sobretudo exploradas por pescadores dos portos <strong>de</strong> Azenha do Mar e Lagos<br />

(Beja, 1988). Sendo esta activida<strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvida em mergulho e por colheita directa, os<br />

fundos subtidais <strong>rochoso</strong>s explorados são relativamente pouco profundos.<br />

De acordo com estatísticas recentes (com base em estatísticas <strong>de</strong> pesca<br />

publicadas pelo Instituto Nacional <strong>de</strong> Estatística entre 1990 e 2001, inclusive; INE e DGPA,<br />

1998), as algas marinhas <strong>de</strong>stinadas a uso industrial, apanhadas e transaccionadas <strong>no</strong><br />

Alentejo entre 1990 e 2001, totalizaram, em média, cerca <strong>de</strong> 147 toneladas (peso seco) por<br />

a<strong>no</strong> (cerca <strong>de</strong> 13,1% do respectivo total nacional), embora se tenha registado uma gran<strong>de</strong><br />

variabilida<strong>de</strong> interanual <strong>no</strong>s valores totais (pesos máximo e mínimo em toneladas <strong>de</strong> peso<br />

seco, respectivamente: 306 em 1991, e 62 em 1992).<br />

Consi<strong>de</strong>rando que estas algas foram maioritariamente obtidas na costa do Parque<br />

Natural do Sudoeste Alenteja<strong>no</strong> e Costa Vicentina, <strong>de</strong>vido à inexistência, na costa<br />

alentejana, <strong>de</strong> bancos exploráveis a <strong>no</strong>rte do Cabo <strong>de</strong> Sines, e adicionando a estes valores<br />

a apanha <strong>de</strong> algas efectuada por pescadores algarvios <strong>no</strong> PNSACV, não individualizada <strong>no</strong>s<br />

trabalhos estatísticos referidos, po<strong>de</strong>mos consi<strong>de</strong>rar que esta activida<strong>de</strong> é importante a nível<br />

regional. De acordo com Beja (1988), o estado <strong>de</strong>sta exploração começa a ser preocupante,<br />

sobretudo <strong>no</strong>s bancos <strong>de</strong> algas da costa sul algarvia (Ingrina e Burgau), <strong>de</strong>vido a uma maior<br />

intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pesca por parte <strong>de</strong> pescadores <strong>de</strong> Lagos. Com efeito, <strong>de</strong> acordo com<br />

informações obtidas junto <strong>de</strong> pescadores e investigadores, a apanha <strong>de</strong> algas nesta região<br />

tem vindo a intensificar-se <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s, <strong>de</strong>vido à sobreexploração dos mananciais <strong>de</strong><br />

algas <strong>de</strong> outras regiões, como os do Cabo Espichel e do Algarve meridional, sendo<br />

potencialmente elevado o risco <strong>de</strong> se verificar o mesmo <strong>no</strong>s bancos do PNSACV. Sendo as<br />

algas eco<strong>no</strong>mica e ecologicamente importantes, a gestão da sua exploração <strong>de</strong>ve ser<br />

baseada em profundos conhecimentos ecológicos das espécies em causa, assim como das<br />

comunida<strong>de</strong>s associadas (Santos e Duarte, 1991; Santelices e Griffiths, 1994).<br />

Apesar <strong>de</strong> se ter verificado na costa sudoeste portuguesa um aumento das<br />

capturas <strong>de</strong> algas <strong>de</strong>ste tipo (sobretudo <strong>de</strong> Gelidium sesquipedale) entre 1960 e 1987<br />

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