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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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A apanha <strong>de</strong> lapas e burriés parece ser a activida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marisqueio intertidal me<strong>no</strong>s<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do estado da maré e <strong>de</strong> agitação marítima, pois po<strong>de</strong> ser exercida em<br />

diferentes níveis <strong>de</strong> maré e <strong>de</strong> exposição à ondulação, on<strong>de</strong> as respectivas espécies<br />

ocorrem (Sousa, 2002; Salvador, 2002). Porém, <strong>no</strong> caso da espécie <strong>de</strong> lapa mais capturada<br />

(Patella ulyssiponensis), os níveis inferiores <strong>de</strong> maré, on<strong>de</strong> é mais abundante e maior<br />

(Sousa, 2002), parecerem ser os mais intensamente explorados.<br />

... em função <strong>de</strong> condições <strong>de</strong> agitação marítima<br />

Das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> marisqueio, a apanha <strong>de</strong> percebe, tanto a praticada em níveis<br />

intertidais como subtidais, parece ser a mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do estado <strong>de</strong> agitação marítima,<br />

sendo mais comum quando o mar está me<strong>no</strong>s agitado, pelo facto <strong>de</strong> ser efectuada em<br />

locais com elevado hidrodinamismo, on<strong>de</strong> esta espécie é mais abundante (Cruz, 2000).<br />

Porém, em termos globais, a pesca submarina parece ser a activida<strong>de</strong> mais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do<br />

estado <strong>de</strong> agitação marítima e da turbi<strong>de</strong>z da água, sendo mais frequente com o mar mais<br />

calmo e me<strong>no</strong>s turvo, por questões <strong>de</strong> segurança e visibilida<strong>de</strong> do pescador,<br />

respectivamente.<br />

Por outro lado, a pesca à linha com cana efectuada a partir <strong>de</strong> uma embarcação é<br />

pouco frequente junto à costa, pois também <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> gran<strong>de</strong>mente do estado <strong>de</strong> agitação<br />

marítima. No entanto, quando praticada a partir <strong>de</strong> terra, a pesca à linha com cana parece<br />

ser a activida<strong>de</strong> que me<strong>no</strong>s <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do estado <strong>de</strong> agitação marítima, pois, mesmo quando<br />

o mar está muito agitado, po<strong>de</strong> ser efectuada a partir <strong>de</strong> arribas ou falésias sobranceiras ao<br />

local <strong>de</strong> exploração.<br />

... em função <strong>de</strong> condições atmosféricas e outras<br />

Todas as activida<strong>de</strong>s parecem ser negativamente afectadas por condições<br />

atmosféricas adversas, sobretudo por períodos com elevada pluviosida<strong>de</strong>, sendo raro<br />

encontrar pessoas em activida<strong>de</strong> quando está a chover.<br />

Todas as activida<strong>de</strong>s parecem ser mais comuns e envolver mais pessoas durante<br />

períodos <strong>de</strong> férias (principalmente <strong>no</strong> Verão, <strong>de</strong> acordo com DGT, 2001, 2002, e em<br />

feriados) ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>scanso semanal (fins <strong>de</strong> semana), sugerindo a sua importância lúdico-<br />

turística. No entanto, a maior intensida<strong>de</strong> registada <strong>no</strong> Verão po<strong>de</strong> estar também<br />

relacionada com uma maior frequência <strong>de</strong> condições climatéricas favoráveis ao exercício<br />

<strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> exterior (Costa, 1994; Antunes e Pires, 1998), e com uma maior<br />

procura comercial e consumo <strong>de</strong> marisco e <strong>de</strong> peixe (<strong>no</strong> caso do percebe, ver Baptista,<br />

2001).<br />

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