05.06.2013 Views

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

2001, Martins, 1996, Franca e outros, 1998, Castro e outros, 2000, e <strong>de</strong> Jesus, 2003,<br />

foram publicados posteriormente à preparação <strong>de</strong>ste trabalho), o <strong>de</strong>lineamento <strong>de</strong>ste<br />

estudo foi efectuado com base em diversas observações previamente efectuadas <strong>no</strong><br />

<strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> e em informações antecipadamente obtidas junto <strong>de</strong> vários<br />

pescadores da região em estudo.<br />

Este conhecimento prévio, resumidamente apresentado na secção 7.1, sugere<br />

que o exercício das activida<strong>de</strong>s em estudo varia em função <strong>de</strong> diversos factores<br />

temporais, espaciais e comportamentais. Com base nestas observações e informações<br />

prévias, foi construída a tabela 2.1, on<strong>de</strong> são listados os principais taxa mais explorados<br />

<strong>no</strong> <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong>. Estes são 35, <strong>no</strong> total, mas po<strong>de</strong> verificar-se nesta tabela<br />

que poucos são os taxa que têm alguma importância para subsistência ou<br />

comercialização, e que as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recreação são importantes para um maior<br />

número <strong>de</strong> taxa.<br />

As características referidas acima e na secção 7.1 aplicam-se sobretudo a<br />

activida<strong>de</strong>s diurnas, que correspon<strong>de</strong>m ao objecto <strong>de</strong> estudo do presente trabalho.<br />

Porém, o marisqueio, a pesca à linha e a pesca submarina são também praticadas<br />

durante a <strong>no</strong>ite na região em estudo, apesar das restrições legais que proíbem o<br />

exercício da pesca submarina, a utilização <strong>de</strong> fontes lumi<strong>no</strong>sas como dispositivo, e a<br />

apanha com fins comerciais neste período (Decreto-Lei n.º 246/2000, <strong>de</strong> 29 <strong>de</strong> Setembro;<br />

Portaria n.º 1102-B/2000, <strong>de</strong> 22 <strong>de</strong> Novembro).<br />

Pesca comercial na costa alentejana<br />

As activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação <strong>humana</strong> <strong>de</strong>scritas acima e na secção 7.1 parecem<br />

ser bastante frequentes e intensas. No entanto, o montante das capturas efectuadas é<br />

<strong>de</strong>sconhecido, tendo em atenção a insuficiência da fiscalização <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s e do<br />

controlo sobre o licenciamento e a comercialização dos respectivos produtos <strong>de</strong> pesca<br />

(secção 1). De qualquer modo, quando comparada com este tipo <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s, a pesca<br />

comercial parece ser responsável por uma captura <strong>de</strong> maior quantida<strong>de</strong> bruta <strong>de</strong><br />

pescado, e ter maior peso sócio-económico na região costeira em estudo, consi<strong>de</strong>rando<br />

que os meios logísticos (embarcações e artes <strong>de</strong> pesca) regular e directamente<br />

envolvidos são consi<strong>de</strong>ravelmente mais importantes.<br />

Porém, a maioria dos vários portos existentes ao longo da costa alentejana é <strong>de</strong><br />

pequena dimensão, com uma utilização essencialmente sazonal, e <strong>de</strong> apoio a uma pesca<br />

tradicionalmente artesanal e local (Brejo, 1988). O porto <strong>de</strong> Sines é o mais importante<br />

<strong>de</strong>sta região, sendo nele <strong>de</strong>scarregados cerca <strong>de</strong> 93%, em peso, do pescado<br />

transaccionado nas lotas alentejanas (Mendonça e outros, 1992; INE e DGPA, 1998). No<br />

entanto, é relativamente frequente a exploração da costa alentejana por parte <strong>de</strong><br />

16

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!