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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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<strong>de</strong>stes métodos, foi necessário conhecer um par, <strong>no</strong> mínimo, <strong>de</strong> estimativas anuais da<br />

biomassa média corrente que é explorada (B) e do total corrente das capturas (Y), uma<br />

estimativa da taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> natural (M), e informação acerca da relação entre M e a<br />

taxa <strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> provocada pela pesca (F) em MSY (F MSY). De acordo com trabalhos<br />

citados por Garcia e outros (1989), foi assumido que F MSY=M.<br />

Para além <strong>de</strong> ter sido assumido que B e Y se referem a indivíduos com a mesma<br />

ida<strong>de</strong> ou tamanho, a aplicação <strong>de</strong>stes métodos assumiu que os processos biológicos<br />

envolvidos são <strong>de</strong>terministas, que a pescaria é dirigida a um único stock, estável em termos<br />

<strong>de</strong> tamanho e/ou ida<strong>de</strong>, e que a capturabilida<strong>de</strong> não <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> (Garcia e<br />

outros, 1989). Porém, aten<strong>de</strong>ndo a que o recrutamento larvar das espécies marinhas po<strong>de</strong><br />

ser muito variável, não é razoável assumir tal estabilida<strong>de</strong> e que o aumento do tamanho <strong>de</strong><br />

uma população, <strong>de</strong>rivado do recrutamento e do crescimento, compense <strong>de</strong> um modo<br />

equilibrado a diminuição provocada por uma combinação da mortalida<strong>de</strong> natural e da pesca<br />

(Larkin, 1977; Samoilys, 1997).<br />

Apesar do reconhecimento <strong>de</strong> que a gestão das pescas não <strong>de</strong>ve ser baseada<br />

unicamente em estimativas mo<strong>no</strong>específicas, como é o caso <strong>de</strong> MSY, aten<strong>de</strong>ndo às<br />

complexas interacções entre espécies, ao facto <strong>de</strong> que as pescarias são maioritariamente<br />

multiespecíficas e aos problemas verificados nas múltiplas tentativas <strong>de</strong> utilização<br />

sustentável <strong>de</strong> recursos pesqueiros (por exemplo, Larkin, 1977; Garcia, 1996; Cochrane,<br />

2000; Pitcher, 2000; Cury e Cayré, 2001), MSY é consi<strong>de</strong>rado um útil ponto <strong>de</strong> partida na<br />

discussão <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> gestão mo<strong>no</strong>específica e um índice válido, embora grosseiro, do<br />

potencial <strong>de</strong> produção (Larkin, 1977; May e outros, 1979; Garcia e outros, 1989; Garcia,<br />

1996; Samoilys, 1997).<br />

O rendimento máximo sustentável da apanha <strong>de</strong> percebe e <strong>de</strong> lapas exercida <strong>no</strong><br />

<strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> foi calculado com base em estimativas <strong>de</strong> biomassa explorável, e<br />

<strong>de</strong> mortalida<strong>de</strong> natural e causada pela pesca, obtidas a partir <strong>de</strong> Cruz (2000) e dos estudos<br />

apresentados nas secções 2 e 4 do presente trabalho. No caso da apanha <strong>de</strong> ouriço-do-<br />

mar, não foi possível estimar MSY e a sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong> foi analisada com<br />

base <strong>no</strong>s trabalhos <strong>de</strong> Angélico (1990) e <strong>de</strong> Guiomar (1997) e <strong>no</strong> estudo apresentado na<br />

secção 2 do presente trabalho.<br />

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