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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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Também <strong>no</strong> sul da Austrália, mas <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> Victoria, Keough e outros (1993)<br />

registaram um maior número <strong>de</strong> pessoas a passear, mariscar ou apanhar isco em dias <strong>de</strong><br />

fim-<strong>de</strong>-semana <strong>de</strong> períodos <strong>de</strong> férias, quando comparados com dias <strong>de</strong> semana. Porém,<br />

neste estudo sobre a exploração <strong>humana</strong> <strong>de</strong> litorais <strong>rochoso</strong>s durante o Verão, a<br />

abundância <strong>de</strong> pessoas naquelas activida<strong>de</strong>s não diferiu significativamente entre dias <strong>de</strong><br />

semana e <strong>de</strong> fim-<strong>de</strong>-semana situados fora <strong>de</strong> períodos <strong>de</strong> férias, bem como entre dias <strong>de</strong><br />

fim-<strong>de</strong>-semana situados <strong>de</strong>ntro e fora <strong>de</strong> períodos <strong>de</strong> férias. Por outro lado, não foram<br />

observadas diferenças entre estes tipos <strong>de</strong> dia nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> pesca à linha com cana<br />

ou <strong>de</strong> mergulho.<br />

Num estuário da costa oeste australiana, também Caputi (1976) observou, em fins<br />

<strong>de</strong> semana e feriados públicos, maior intensida<strong>de</strong> na pesca à linha recreativa exercida ao<br />

longo <strong>de</strong> um a<strong>no</strong>. Do mesmo modo, em litorais mistos (<strong>rochoso</strong>s e are<strong>no</strong>sos) da costa<br />

meridional sul-africana, Bennett e Attwood (1991) observaram mais pescadores à linha em<br />

fins <strong>de</strong> semana e feriados públicos.<br />

Numa região costeira da península do Cabo (República da África do Sul) dominada<br />

por litorais <strong>rochoso</strong>s, van Herwer<strong>de</strong>n e outros (1989) também observaram diferenças entre a<br />

abundância global <strong>de</strong> pessoas utilizadoras do <strong>litoral</strong> em dias <strong>de</strong> semana e <strong>de</strong> fim-<strong>de</strong>-<br />

semana, embora o respectivo padrão tenha variado em períodos <strong>de</strong> férias públicas (Páscoa<br />

e Natal, este <strong>no</strong> Verão) ou <strong>no</strong>rmais. Com efeito, o número <strong>de</strong> pessoas foi superior em dias<br />

<strong>de</strong> fim-<strong>de</strong>-semana <strong>de</strong> períodos <strong>no</strong>rmais, tendo-se verificado o oposto em períodos <strong>de</strong> férias.<br />

Os mesmos autores consi<strong>de</strong>raram estes resultados como imprevistos mas sugeriram que,<br />

em períodos <strong>de</strong> férias, as pessoas po<strong>de</strong>m ter tido mais oportunida<strong>de</strong>s para visitar o <strong>litoral</strong><br />

durante a semana, o que diminuiu o uso dos fins-<strong>de</strong>-semana; <strong>no</strong>s períodos <strong>no</strong>rmais, estas<br />

oportunida<strong>de</strong>s foram me<strong>no</strong>s abundantes e, assim, os fins-<strong>de</strong>-semana foram relativamente<br />

mais utilizados.<br />

No presente trabalho, este padrão não foi observado, apesar <strong>de</strong> terem sido<br />

analisadas as diferenças entre estes tipos <strong>de</strong> dias em períodos preferenciais <strong>de</strong> férias<br />

(Verão; os períodos amostrados durante a Páscoa não são aqui consi<strong>de</strong>rados como <strong>de</strong><br />

férias, pois abrangem mais dias que os <strong>de</strong> férias escolares) e <strong>no</strong>utros. Quando se<br />

compararam as estações <strong>de</strong> Verão e Inver<strong>no</strong>, registaram-se interacções significativas entre<br />

os factores utilida<strong>de</strong> dos dias e estação do a<strong>no</strong> nas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> apanha <strong>de</strong> lapas e<br />

burriés, apanha <strong>de</strong> isco e pesca à linha, passeio ou repouso e pesca submarina. No entanto,<br />

em nenhum <strong>de</strong>stes casos, o padrão foi: Verão- U=N; Inver<strong>no</strong>- U

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