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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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acerca da natureza e da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas interacções, que parecem muito interessantes e<br />

<strong>de</strong>veriam ser melhor investigadas.<br />

Efeitos na abundância <strong>de</strong> cracas<br />

Também seria <strong>de</strong> esperar a observação <strong>de</strong> efeitos da remoção experimental <strong>de</strong><br />

lapas na cobertura primária <strong>de</strong> cracas, tendo em consi<strong>de</strong>ração que, <strong>no</strong>s níveis amostrados,<br />

a gran<strong>de</strong> maioria das cracas encontra-se em territórios alimentares das lapas (observações<br />

pessoais) e que estas po<strong>de</strong>m ter importantes efeitos negativos ou positivos, directos ou<br />

indirectos, tanto <strong>no</strong> recrutamento como <strong>no</strong> crescimento <strong>de</strong> cracas (Hawkins, 1983;<br />

Un<strong>de</strong>rwood e outros, 1983; Farrell, 1991; Holmes, 2002), <strong>de</strong>signadamente do género<br />

Chthamalus, que foi o observado <strong>no</strong>s territórios alimentares individualmente amostrados. De<br />

qualquer modo, estes crustáceos foram muito pouco abundantes nestes territórios<br />

(ocuparam, em média, cerca <strong>de</strong> 1% da área primária total dos territórios individualmente<br />

amostrados em t0), a variabilida<strong>de</strong> da sua abundância foi sempre significativa à escala do<br />

local, e a presente experiência manipulativa <strong>de</strong>correu sobretudo fora do período principal do<br />

seu assentamento na região em estudo, correspon<strong>de</strong>nte aos meses <strong>de</strong> Primavera e Verão<br />

(O’Riordan e outros, 2004), o que po<strong>de</strong> ter contribuído para a não observação dos<br />

esperados efeitos da remoção <strong>de</strong> lapas na abundância <strong>de</strong> cracas.<br />

Aten<strong>de</strong>ndo ao exposto, teria sido bastante interessante prolongar esta experiência<br />

por mais alguns meses, pelo me<strong>no</strong>s, e amplificá-la <strong>de</strong> modo a ser possível testar a influência<br />

do tamanho do território, do período do a<strong>no</strong> e da frequência da perturbação. Por outro lado,<br />

a quantificação taxonómica, ao nível da espécie, da abundância dos organismos<br />

macrobentónicos que cobrem o substrato dos territórios alimentares, bem como da sua<br />

distribuição espacial nestes territórios, permitiria uma análise mais fina <strong>de</strong>stes efeitos em<br />

termos da estrutura das comunida<strong>de</strong>s e da biodiversida<strong>de</strong>. Complementarmente, a análise<br />

<strong>de</strong>stes efeitos ganharia bastante se fosse obtida mais informação, na região em estudo,<br />

acerca das espécies <strong>de</strong> algas ingeridas e consumidas pelas lapas em causa. Por último, a<br />

qualida<strong>de</strong> das imagens dos territórios alimentares po<strong>de</strong>ria aumentar significativamente se<br />

fosse usada iluminação artificial <strong>no</strong> seu registo fotográfico.<br />

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