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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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(frequente ou abundante). No mesmo trabalho, as restantes praias amostradas obtiveram a<br />

classificação <strong>de</strong> raro, ocasional ou frequente, exceptuando CAQ, on<strong>de</strong> o percebe foi<br />

consi<strong>de</strong>rado abundante <strong>de</strong>vido à proximida<strong>de</strong> da Ilha do Pessegueiro e à respectiva<br />

apresentação gráfica do resultado <strong>de</strong>sta classificação, embora, na realida<strong>de</strong>, tal abundância<br />

<strong>de</strong>va ser exclusivamente atribuída a esta ilha (T. Cruz, comunicação pessoal), não incluída<br />

em CAQ.<br />

Variação entre locais<br />

O factor local, incluído em análises da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> algumas das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

predação em estudo (só as praticadas em baixa-mar), foi consi<strong>de</strong>rado aleatório e aninhado<br />

<strong>no</strong> factor praia (numa das análises, foi também aninhado <strong>no</strong> factor proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> praias<br />

are<strong>no</strong>sas turísticas).<br />

A variação a esta escala (algumas centenas <strong>de</strong> metros) foi sempre significativa <strong>no</strong><br />

caso da apanha <strong>de</strong> polvo e caranguejos, e <strong>no</strong>s conjuntos totais <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s. A frequência<br />

<strong>de</strong>sta significância foi nula <strong>no</strong> caso da apanha <strong>de</strong> percebe, muito reduzida <strong>no</strong> caso da<br />

apanha <strong>de</strong> ouriço-do-mar, e mo<strong>de</strong>rada nas restantes variáveis analisadas (intensida<strong>de</strong> da<br />

apanha <strong>de</strong> lapas e burriés, da apanha <strong>de</strong> isco e pesca à linha, e do passeio ou repouso).<br />

Quando este factor foi analisado aninhado <strong>no</strong>s factores praia e proximida<strong>de</strong> <strong>de</strong> praias<br />

are<strong>no</strong>sas turísticas, as diferenças significativas foram mais frequentes <strong>no</strong> conjunto <strong>de</strong> praias<br />

<strong>de</strong> amostragem mais próximas <strong>de</strong> praias are<strong>no</strong>sas turísticas.<br />

Esta elevada importância da variação espacial à escala do local contrasta com a<br />

reduzida variação à escala da praia (alguns milhares <strong>de</strong> metros) acima referida. Do mesmo<br />

modo, as activida<strong>de</strong>s em que aquele tipo <strong>de</strong> variação foi mais frequente (apanha <strong>de</strong> polvo e<br />

caranguejos, e conjuntos totais <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s) são as que apresentaram me<strong>no</strong>r variação à<br />

escala da praia, verificando-se a mesma inversão, embora em sentido contrário (me<strong>no</strong>r<br />

variação à escala do local), <strong>no</strong> caso da apanha <strong>de</strong> percebe.<br />

Assim, apesar <strong>de</strong> não terem sido registadas, em termos globais, preferências por<br />

<strong>de</strong>terminadas praias, estas foram observadas nas praias, à escala do local. Embora os<br />

locais tenham sido aleatoriamente escolhidos, os resultados obtidos sugerem que existiram<br />

diferenças a esta escala, tendo estas motivado tais preferências. É provável que estas<br />

diferenças sejam <strong>de</strong>vidas à elevada heterogeneida<strong>de</strong> da maioria dos substratos duros<br />

intertidais (por exemplo, Raffaelli e Hawkins, 1996), que po<strong>de</strong>m ser extremamente variáveis<br />

a pequena escala, apresentando, por exemplo, uma gran<strong>de</strong> diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong> microhabitats<br />

numa área <strong>de</strong> poucos metros quadrados (Chapman, 1994).<br />

Deste modo, é possível que, numa praia <strong>de</strong> amostragem com alguns milhares <strong>de</strong><br />

metros, haja locais com maior concentração <strong>de</strong> presas e/ou <strong>de</strong> habitats preferenciais <strong>de</strong>ssas<br />

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