Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...
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subsistência sido oficialmente reconhecida na República da África do Sul através <strong>de</strong><br />
legislação específica (Branch e outros, 2002a; Clark e outros, 2002).<br />
Tabela 2.42- Comparação da importância relativa (percentagem da <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> total observada; or<strong>de</strong>m<br />
<strong>de</strong>crescente <strong>de</strong> importância, <strong>de</strong> cima para baixo) das diferentes activida<strong>de</strong>s diurnas <strong>de</strong> utilização<br />
<strong>humana</strong> <strong>de</strong> habitats costeiros, obtidos <strong>no</strong> âmbito do presente trabalho e <strong>de</strong> outros estudos<br />
similares (Período- período <strong>de</strong> amostragem; Extensão- extensão <strong>de</strong> costa amostrada; Habitat-<br />
principal habitat explorado; Densida<strong>de</strong> tot.- <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> total <strong>de</strong> utilizadores (número <strong>de</strong> pessoas<br />
por dia e por km); CR- costa rochosa; CRS- costa rochosa e sedimentar; *- baixa-mar e preia-mar,<br />
ou sem distinção da altura da maré; ‡- baixa-mar; ap. isco- apanha <strong>de</strong> isco; out. pred.- outras<br />
activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação; p. linha- pesca à linha; p. submar.- pesca submarina; passeio- passeio<br />
ou repouso e outras activida<strong>de</strong>s não <strong>de</strong>predativas; ver <strong>no</strong>tas em baixo).<br />
Referência Durán e outros, Hockey e van Herwer<strong>de</strong>n Un<strong>de</strong>rwood e Keough e presente<br />
1987 outros, 1988 e outros, 1989 Kennelly, 1990 outros, 1993 estudo<br />
Período 1984-85 1986 1985-87 1986-89 1991 1994-96<br />
Região <strong>de</strong> Las Cruces, Transkei, False Bay, Sydney, Port Philip Bay, Alentejo,<br />
estudo<br />
Chile África do Sul África do Sul Austrália Austrália Portugal<br />
Extensão (km) 1,5 214,2 7,6 8,8 10 21,8<br />
Habitat CR CR CRS CR CR CR<br />
Densida<strong>de</strong> tot. 2,52* 10,00‡ 119,68* 10,54* ?‡ 7,77*<br />
Activida<strong>de</strong>s marisqueio 74a marisqueio 86 passeio ? passeio 62 passeio 50 marisqueio 43<br />
p. submar. 26 p. linha 9 p. linha 83b p. linha 18 marisqueio 25 p. linha 26<br />
outras 5 ap. isco 17b ap. isco 8 p. submar. ? passeio 24<br />
p. submar. ? out. pred. 7 p. linha ? out. pred. 4<br />
marisqueio 5<br />
p. submar. 3<br />
?- dados não referidos.<br />
a- inclui também uma reduzida proporção <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> captura <strong>de</strong> peixes.<br />
b- valor relativo apenas a activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação, excluindo a pesca submarina.<br />
Baixa-mar <strong>de</strong> marés vivas Baixa-mar <strong>de</strong> marés mortas<br />
Referência Lasiak, 1997 presente estudo Lasiak, 1997 presente estudo<br />
Período 1992-94 1994-96 1992-94 1994-96<br />
Região <strong>de</strong><br />
Transkei, Alentejo, Portugal Transkei, Alentejo, Portugal<br />
estudo<br />
África do Sul<br />
África do Sul<br />
Extensão (km) 3,5 40,3 3,5 21,8<br />
Habitat CR CR CR CR<br />
Densida<strong>de</strong> tot. 7,3 12,3 1,8 6,3<br />
Activida<strong>de</strong>s marisqueio 56,4<br />
passeio 19,6<br />
pesca à linha 15,6<br />
apanha <strong>de</strong> algas 6,3<br />
apanha <strong>de</strong> isco 1,8<br />
out. pred. 1,4<br />
marisqueio 61,0<br />
passeio 17,9<br />
pesca à linha 15,1<br />
apanha <strong>de</strong> isco 3,7<br />
p. submar. 1,7<br />
out. pred. 0,6<br />
passeio 60,9<br />
marisqueio 22,4<br />
pesca à linha 12,8<br />
apanha <strong>de</strong> isco 2,8<br />
out. pred. 1,1<br />
passeio 34,5<br />
pesca à linha 32,9<br />
marisqueio 23,4<br />
p. submar. 4,3<br />
apanha <strong>de</strong> isco 3,4<br />
out. pred. 1,5<br />
No caso dos outros trabalhos citados na mesma tabela, a utilização recreativa do<br />
<strong>litoral</strong>, <strong>no</strong>meadamente através <strong>de</strong> activida<strong>de</strong>s não <strong>de</strong>predativas, é referida pelos respectivos<br />
autores como tendo sido mais intensa que as activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação exercidas para<br />
subsistência alimentar ou comércio. Comparando a utilização <strong>humana</strong> <strong>de</strong> litorais <strong>rochoso</strong>s<br />
<strong>no</strong> Chile e <strong>no</strong> Transkei com a efectuada na área <strong>de</strong> estudo (False Bay, Península do Cabo,<br />
África do Sul), van Herwer<strong>de</strong>n e outros (1989) e van Herwer<strong>de</strong>n e Griffiths (1991) referem<br />
que, nesta, a exploração <strong>de</strong> recursos vivos com fins <strong>de</strong> subsistência alimentar é<br />
negligenciável. A este respeito, van Herwer<strong>de</strong>n e Griffiths (1991) consi<strong>de</strong>ram que a maioria<br />
dos utilizadores <strong>de</strong>sta região <strong>litoral</strong> faz parte <strong>de</strong> uma socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> “Primeiro Mundo”, cujas<br />
necessida<strong>de</strong>s sociais conduzem a que apenas algumas espécies com interesse<br />
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