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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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3- Rendimento e sustentabilida<strong>de</strong> da predação <strong>humana</strong> <strong>no</strong> <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong><br />

3.1- Introdução<br />

Tal como refere Lasiak (1997), o impacte das activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação <strong>humana</strong> em<br />

organismos <strong>de</strong> um <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> não po<strong>de</strong> ser simplesmente assumido como gran<strong>de</strong> se o<br />

número <strong>de</strong> utilizadores for elevado: a sua magnitu<strong>de</strong> po<strong>de</strong> variar consoante as espécies<br />

afectadas e o esforço da exploração, e po<strong>de</strong> ser influenciada por diferenças na composição<br />

das espécies e na sua abundância relativa.<br />

Para uma efectiva gestão <strong>de</strong>stes recursos vivos, é necessário conhecer o estado<br />

da sua exploração, <strong>de</strong> forma a respon<strong>de</strong>r à pergunta: a intensida<strong>de</strong> (número <strong>de</strong> utilizadores<br />

por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> espaço e/ou tempo) e o rendimento (quantida<strong>de</strong> capturada por unida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

esforço) da exploração permitem a sua sustentabilida<strong>de</strong> (<strong>no</strong> sentido dado por Hilborn e<br />

outros, 1995, e referido por Garcia, 1996)?<br />

Embora diversos trabalhos tenham sido efectuados com o intuito <strong>de</strong> avaliar a<br />

intensida<strong>de</strong> da exploração <strong>humana</strong> em litorais <strong>rochoso</strong>s (por exemplo, van Herwer<strong>de</strong>n e<br />

outros, 1989; Un<strong>de</strong>rwood e Kennelly, 1990; Kingsford e outros, 1991; Lasiak, 1997; Castro e<br />

outros, 2000; Rius e Cabral, em publicação), outros também procuraram quantificar directa<br />

e/ou indirectamente o seu rendimento e, com base nesta informação, analisar o estado<br />

<strong>de</strong>sta exploração e a sua sustentabilida<strong>de</strong> (por exemplo, Joubert, 1981; Durán e outros,<br />

1987; Hockey e outros, 1988; Coetzee e outros, 1989; Bennett e Attwood, 1991; Kyle e<br />

outros, 1997; Defeo e Castilla, 1998; Attwood e Farquhar, 1999; Ferraz e outros, 2001).<br />

Nalguns <strong>de</strong>stes trabalhos, foi possível dispor <strong>de</strong> séries temporais com dados <strong>de</strong> captura e<br />

esforço <strong>de</strong> pesca, e a <strong>de</strong>finição da sustentabilida<strong>de</strong> da exploração e do seu estado foram<br />

baseadas na análise da sua evolução temporal.<br />

Como foi referido na secção 1 e parcialmente <strong>de</strong>monstrado na secção 2, o <strong>litoral</strong><br />

<strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> é actualmente sujeito a uma exploração <strong>humana</strong> que, para além <strong>de</strong> ser<br />

intensa, regular e generalizada, é efectuada sem algum controlo ou regulamentação que<br />

contribua eficazmente para a sua sustentabilida<strong>de</strong>. Devido a esta falta <strong>de</strong> controlo, é<br />

<strong>de</strong>sconhecido o estado <strong>de</strong>sta exploração, bem como a sua evolução recente, não se<br />

conhecendo a quantida<strong>de</strong> que é capturada pelo Homem <strong>de</strong> qualquer espécie intertidal.<br />

De modo a contribuir para uma eventual tomada <strong>de</strong> medidas <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>sta<br />

exploração e <strong>de</strong> conservação <strong>de</strong>stes recursos e dos seus habitats, foi quantificado, <strong>no</strong><br />

presente estudo, o rendimento das principais activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação <strong>humana</strong> <strong>no</strong> <strong>litoral</strong><br />

<strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong>. Com base nesta quantificação, foi também analisada a sustentabilida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s, incidindo sobretudo nas que têm sido mais estudadas.<br />

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