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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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Aumento potencial da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> exploração <strong>de</strong> P. ulyssiponensis<br />

É <strong>de</strong> referir que, <strong>no</strong> cálculo da estimativa <strong>de</strong> Y, o valor <strong>de</strong> rendimento por pescador<br />

utilizado é respeitante a capturas que incluíram exemplares <strong>de</strong> lapas (em média, 1,19kg por<br />

pescador, com base em 34 capturas <strong>de</strong> lapas observadas em períodos <strong>de</strong> baixa-mar <strong>de</strong><br />

marés vivas <strong>no</strong> Verão <strong>de</strong> 1999), e o valor <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> usado é referente à <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

apanhadores <strong>de</strong> lapas.<br />

Se este valor <strong>de</strong> rendimento consi<strong>de</strong>rasse todas as capturas <strong>de</strong> marisco<br />

observadas (em média, 0,19kg por pescador, com base em 208 capturas <strong>de</strong> marisco<br />

observadas em períodos <strong>de</strong> baixa-mar <strong>de</strong> marés vivas <strong>no</strong> Verão <strong>de</strong> 1999) e, se fossem<br />

usados os valores médios <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marisqueio registados em períodos <strong>de</strong> baixa-<br />

mar, o valor <strong>de</strong> Y seria estimado em cerca <strong>de</strong> 14576kg/km 2 /a<strong>no</strong> e a aplicação das equações<br />

MSY(Schaefer) e MSY(Fox) produziria os valores <strong>de</strong> 41926 e 33794kg/km 2 /a<strong>no</strong>, aproximada e<br />

respectivamente. Em termos relativos, Y correspon<strong>de</strong>ria a cerca <strong>de</strong> 35% do primeiro valor e<br />

a cerca <strong>de</strong> 43% do segundo. Assim, se todos os mariscadores em activida<strong>de</strong> <strong>no</strong> <strong>litoral</strong><br />

<strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> tivessem capturado lapas com este rendimento, a exploração <strong>humana</strong><br />

<strong>de</strong> P. ulyssiponensis na região em estudo teria sido efectuada a uma taxa entre ¼ e ½ da<br />

que é consi<strong>de</strong>rada sustentável pelos mo<strong>de</strong>los aplicados, indicando que o stock em questão<br />

estaria a ser intensamente pescado (Garcia, 1996).<br />

Porém, se o valor <strong>de</strong> rendimento por pescador fosse respeitante a capturas que<br />

incluíram exemplares <strong>de</strong> lapas (em média, 1,19kg por pescador, com base em 34 capturas<br />

<strong>de</strong> lapas observadas em períodos <strong>de</strong> baixa-mar <strong>de</strong> marés vivas <strong>no</strong> Verão <strong>de</strong> 1999) e, se<br />

fossem usados os valores médios <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong> marisqueio registados em períodos <strong>de</strong><br />

baixa-mar, o valor <strong>de</strong> Y seria estimado em cerca <strong>de</strong> 81581kg/km 2 /a<strong>no</strong> e a aplicação das<br />

equações MSY(Schaefer) e MSY(Fox) produziria os valores <strong>de</strong> 82060 e 81808kg/km 2 /a<strong>no</strong>,<br />

aproximada e respectivamente. Em termos relativos, Y correspon<strong>de</strong>ria a cerca <strong>de</strong> 99% do<br />

primeiro valor e a cerca <strong>de</strong> 100% do segundo. Assim, se todos os mariscadores em<br />

activida<strong>de</strong> <strong>no</strong> <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> tivessem capturado lapas com este rendimento, a<br />

exploração <strong>humana</strong> <strong>de</strong> P. ulyssiponensis na região em estudo teria sido efectuada a uma<br />

taxa aproximadamente igual à que é consi<strong>de</strong>rada sustentável pelos mo<strong>de</strong>los aplicados,<br />

indicando que o stock em causa teria sido totalmente pescado (Garcia, 1996).<br />

Apesar das imprecisões dos métodos aplicados, bem como do facto <strong>de</strong> estes<br />

resultados sugerirem que, actualmente, o stock explorável <strong>de</strong> P. ulyssiponensis do <strong>litoral</strong><br />

<strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> po<strong>de</strong> ser consi<strong>de</strong>rado mo<strong>de</strong>radamente pescado, o potencial aumento da<br />

intensida<strong>de</strong> da apanha <strong>de</strong> lapas po<strong>de</strong> ameaçar a sustentabilida<strong>de</strong> da exploração <strong>humana</strong><br />

<strong>de</strong>ste stock. A possibilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ocorrer tal aumento é elevada, aten<strong>de</strong>ndo ao elevado<br />

número total <strong>de</strong> mariscadores, relativamente à baixa <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> <strong>de</strong> apanhadores <strong>de</strong> lapas, à<br />

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