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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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(Santos e Duarte, 1991), esta tendência foi invertida entre 1989 e 1997, acompanhando a<br />

evolução das capturas efectuadas a nível nacional (Melo, 1998). Com efeito, os mananciais<br />

<strong>de</strong> G. sesquipedale da zona <strong>de</strong> Azenha do Mar (principal zona <strong>de</strong> exploração <strong>no</strong> PNSACV)<br />

foram consi<strong>de</strong>rados por Santos e outros (2003) com dificulda<strong>de</strong> <strong>de</strong> recuperação face a um<br />

aumento <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> exploração e <strong>de</strong> explorabilida<strong>de</strong>, e a uma diminuição da capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

sustento e das capturas entre 1999 e 2000.<br />

No respeitante à aquicultura marinha, os estabelecimentos alenteja<strong>no</strong>s ocupavam<br />

em 1996 uma área <strong>de</strong> 80ha, cerca <strong>de</strong> 0,6% do respectivo total nacional (INE e DGPA,<br />

1998), e são sobretudo localizados em estuários, <strong>de</strong>vendo-se esta reduzida importância à<br />

fisiografia da costa alentejana, dominada por falésias rochosas e praias are<strong>no</strong>sas<br />

directamente expostas à ondulação dominante (Pereira, 2000).<br />

7.3- Biologia reprodutiva <strong>de</strong> lapas do <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong><br />

Proporção sexual<br />

Mediante a análise laboratorial <strong>de</strong> 1298 lapas com diferente tamanho, pertencentes<br />

às espécies Patella ulyssiponensis, P. <strong>de</strong>pressa e P. vulgata, colhidas em 1994 durante o<br />

principal período reprodutor (Novembro; ver adiante) e em diversas praias do <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong><br />

alenteja<strong>no</strong> (Cabo <strong>de</strong> Sines, Amoreiras, Oliveirinha e Cabo Sardão; uma pequena amostra <strong>de</strong><br />

20 exemplares, colhida na Ponta da Atalaia, em Aljezur, foi também incluída), foi verificada a<br />

dominância numérica <strong>de</strong> machos (cerca <strong>de</strong> 56, 59 e 67% <strong>de</strong> 427, 413 e 159 exemplares cujo<br />

sexo era <strong>de</strong>terminável, pertencentes a P. ulyssiponensis, P. <strong>de</strong>pressa e P. vulgata,<br />

respectivamente) e a proporção do número <strong>de</strong> machos, relativamente ao <strong>de</strong> fêmeas (M/F),<br />

também diminuiu com o aumento dimensional em P. ulyssiponensis e P. vulgata. As<br />

distribuições <strong>de</strong> frequência dimensional dos exemplares masculi<strong>no</strong>s e femini<strong>no</strong>s assim<br />

amostrados são apresentadas na tabela 7.1, on<strong>de</strong> se po<strong>de</strong> verificar que os respectivos<br />

pares <strong>de</strong> distribuições foram significativamente diferentes <strong>no</strong> caso <strong>de</strong> P. ulyssiponensis e P.<br />

vulgata, mas tal não foi observado em P. <strong>de</strong>pressa.<br />

Por outro lado, em oito réplicas <strong>de</strong> aproximadamente 1kg cada, obtidas em dois<br />

estabelecimentos comerciais <strong>de</strong> Sines em 1995 (sete réplicas adquiridas em Janeiro, Março,<br />

Maio, Junho, Setembro e Outubro) e 1997 (Fevereiro), as fêmeas foram mais abundantes <strong>no</strong><br />

caso <strong>de</strong> P. vulgata (cerca <strong>de</strong> 61% <strong>de</strong> 193 exemplares com sexo <strong>de</strong>terminável) e ligeiramente<br />

mais abundantes <strong>no</strong> <strong>de</strong> P. ulyssiponensis (cerca <strong>de</strong> 51% <strong>de</strong> 588 exemplares), embora tenha<br />

sido verificado o oposto <strong>no</strong> caso <strong>de</strong> P. <strong>de</strong>pressa (cerca <strong>de</strong> 55% <strong>de</strong> machos, em 119<br />

exemplares cujo sexo era <strong>de</strong>terminável).<br />

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