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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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Sardão, inclusive, numa extensão total <strong>de</strong> 21,8km), em cada uma das quais foram<br />

amostrados três locais. Totalizando o <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong> cerca <strong>de</strong> 46,4km <strong>de</strong><br />

extensão (correspon<strong>de</strong>nte a 80% dos 58km <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> costa entre o Cabo <strong>de</strong> Sines e a foz<br />

da Ribeira <strong>de</strong> Seixe, inclusive, segundo medição efectuada nas respectivas cartas militares<br />

publicadas pelos Serviços Cartográficos do Exército, à escala 1:25000), po<strong>de</strong>-se, assim,<br />

estimar que cerca <strong>de</strong> 548 pessoas tenham utilizado este habitat por dia <strong>de</strong> Verão, durante o<br />

período amostrado.<br />

Se consi<strong>de</strong>rarmos em conjunto as <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong>s estimadas com base em SEMARTE<br />

(1992) e as do presente trabalho, obteremos um valor global médio <strong>de</strong> 1044,3 pessoas por<br />

quilómetro <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> costa e por dia, correspon<strong>de</strong>nte à <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> média total <strong>de</strong><br />

utilizadores do <strong>litoral</strong> alenteja<strong>no</strong>, em períodos diur<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Verão. Deste total, cerca <strong>de</strong> 98,9%<br />

equivale aos utilizadores <strong>de</strong> praias are<strong>no</strong>sas e, cerca <strong>de</strong> 1,1%, aos <strong>de</strong> litorais <strong>rochoso</strong>s.<br />

Destes, cerca <strong>de</strong> 42,4% (<strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> média <strong>de</strong> 5,0 pessoas por quilómetro e por dia <strong>de</strong><br />

Verão; 1EP=0,5; N=516) foram não predadores, isto é, as suas activida<strong>de</strong>s foram o passeio<br />

ou o repouso, sem envolver a captura <strong>de</strong> organismos para alimento ou isco.<br />

De acordo com os mesmos dados, cerca <strong>de</strong> 17997 pessoas utilizaram, por dia, o<br />

<strong>litoral</strong> alenteja<strong>no</strong> em períodos diur<strong>no</strong>s <strong>de</strong> Verão. Deste total, cerca <strong>de</strong> 97% correspon<strong>de</strong> a<br />

utilizadores <strong>de</strong> praias are<strong>no</strong>sas, cerca <strong>de</strong> 3% a utilizadores <strong>de</strong> litorais <strong>rochoso</strong>s, e cerca <strong>de</strong><br />

1,8% a pessoas que capturaram ou preten<strong>de</strong>ram capturar organismos vivos em litorais<br />

<strong>rochoso</strong>s, para consumo alimentar ou iscagem.<br />

Com base em dados obtidos por van Herwer<strong>de</strong>n e outros (1989) em 1987 na<br />

península do Cabo (República da África do Sul), van Herwer<strong>de</strong>n e Griffiths (1991)<br />

apresentam um valor médio diário <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 8875 pessoas utilizadoras do <strong>litoral</strong> em<br />

períodos diur<strong>no</strong>s dos principais meses <strong>de</strong> Verão (Dezembro a Março, inclusive), das quais<br />

cerca <strong>de</strong> 3,8% eram pescadores ou apanhadores <strong>de</strong> isco, sobretudo concentrados em<br />

litorais <strong>rochoso</strong>s. Esta percentagem é mais do dobro dos homólogos 1,8% observados <strong>no</strong><br />

<strong>litoral</strong> alenteja<strong>no</strong> (ver acima), e o correspon<strong>de</strong>nte valor <strong>de</strong> <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> é quase <strong>de</strong>z vezes<br />

superior ao <strong>de</strong> 6,8 (1EP=0,5; N=516) pessoas por quilómetro <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> costa rochosa e por<br />

dia <strong>de</strong> Verão obtido <strong>no</strong> presente trabalho – cerca <strong>de</strong> 67,2 pescadores ou apanhadores <strong>de</strong><br />

isco por quilómetro <strong>de</strong> linha <strong>de</strong> costa rochosa e por dia <strong>de</strong> Verão (o <strong>litoral</strong> amostrado nesse<br />

estudo possui 7,6km <strong>de</strong> extensão, 66% dos quais são litorais <strong>rochoso</strong>s).<br />

Do mesmo modo, Un<strong>de</strong>rwood (1993) apresenta o valor <strong>de</strong> 55 pessoas/km que<br />

visitam por dia <strong>de</strong> Verão o <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> do estado australia<strong>no</strong> <strong>de</strong> New South Wales, das<br />

quais apenas 10 (cerca <strong>de</strong> 18,2%) se <strong>de</strong>dicam, em média, a activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação.<br />

Também <strong>no</strong> sul da Austrália, mas <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> Victoria, Keough e outros (1993) registaram<br />

um maior número <strong>de</strong> pessoas a passear, num estudo sobre activida<strong>de</strong>s <strong>humana</strong>s exercidas<br />

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