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Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...

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observada em exemplares com sexo <strong>de</strong>terminável, foi cerca <strong>de</strong> 66% mas, por outro lado,<br />

uma percentagem muito elevada (cerca <strong>de</strong> 97%) dos exemplares <strong>de</strong>sta espécie capturados<br />

na apanha <strong>de</strong> lapas possuía me<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 45mm <strong>de</strong> comprimento <strong>de</strong> concha.<br />

Por último, se esse tamanho máximo fosse imposto apenas <strong>no</strong> caso da apanha <strong>de</strong><br />

P. ulyssiponensis, o seu cumprimento por parte dos apanhadores <strong>de</strong> lapas da região em<br />

estudo seria bastante difícil, aten<strong>de</strong>ndo a que as espécies capturadas: são abundantes <strong>no</strong><br />

habitat mais explorado (níveis inferiores <strong>de</strong> maré; secção 2), embora P. ulyssiponensis atinja<br />

maior <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> (Sousa, 2002); po<strong>de</strong>m ser difíceis <strong>de</strong> distinguir sem <strong>de</strong>stacar do substrato<br />

(Hawkins e Jones, 1992), sobretudo <strong>no</strong>s indivíduos maiores e quando a respectiva concha<br />

está coberta <strong>de</strong> algas, o que é bastante frequente em níveis inferiores <strong>de</strong> maré; são<br />

raramente distinguidas pelos apanhadores <strong>de</strong> lapas, que seleccionam sobretudo o habitat<br />

(níveis inferiores <strong>de</strong> maré; secção 2) e a dimensão das presas.<br />

... – maturida<strong>de</strong> sexual<br />

De acordo com observações efectuadas <strong>no</strong> presente trabalho (secção 7.3), a<br />

maturida<strong>de</strong> sexual foi atingida <strong>no</strong>s seguintes tamanhos (comprimento máximo da concha):<br />

23 (fêmeas) e 28mm (machos) em P. ulyssiponensis; 10 (fêmeas) e 8mm (machos) em P.<br />

<strong>de</strong>pressa; e 28 (fêmeas) e 23mm (machos) em P. vulgata.<br />

No respeitante a P. ulyssiponensis, Thompson (1979) observou <strong>no</strong> sudoeste<br />

irlandês que a maturida<strong>de</strong> sexual foi atingida em exemplares com 13 a 20mm <strong>de</strong><br />

comprimento da concha, e M. T. Guerra (comunicação pessoal citada por Martins e outros,<br />

1987) registou, na costa continental portuguesa, que tal maturida<strong>de</strong> foi atingida por<br />

exemplares com 18 a 23mm da mesma variável. No caso <strong>de</strong> P. <strong>de</strong>pressa, Orton e<br />

Southward (1961) referem que, <strong>no</strong> sudoeste inglês, o <strong>de</strong>senvolvimento das gónadas<br />

masculina e feminina ocorre num tamanho muito inferior ao <strong>de</strong> P. vulgata ou P.<br />

ulyssiponensis, tendo sido observados 10 a 40% <strong>de</strong> exemplares diferenciados na classe<br />

dimensional <strong>de</strong> 6 a 10mm (comprimento da concha). Relativamente a P. vulgata, Fretter e<br />

Graham (1976) referem que os indivíduos <strong>de</strong>sta espécie atingem a maturida<strong>de</strong> sexual como<br />

machos na classe dimensional <strong>de</strong> 10 a 15mm <strong>de</strong> comprimento da concha, e Das e<br />

Sesshappa (1948, trabalho citado por Côrte-Real, 1992) registaram, <strong>no</strong> <strong>no</strong>r<strong>de</strong>ste inglês, que<br />

a primeira maturação ocorreu em machos com 10mm da mesma medida.<br />

De acordo com uma análise do sexo <strong>de</strong> lapas adquiridas em estabelecimentos<br />

comerciais <strong>de</strong> Sines (secção 7.3), a maioria das lapas capturadas na região em estudo<br />

possui um tamanho superior à dimensão mínima em que a maturida<strong>de</strong> sexual é atingida, o<br />

que é favorável à sustentabilida<strong>de</strong> da activida<strong>de</strong> em análise (Catterall e Poiner, 1987;<br />

Pombo e Escofet, 1996).<br />

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