Predação humana no litoral rochoso alentejano - Universidade de ...
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activida<strong>de</strong> não foi analisada por terem sido amostradas apenas duas praias on<strong>de</strong> esta<br />
espécie é abundante (praia <strong>de</strong> Almograve ou do Cabo Sardão). Nas restantes praias, o<br />
percebe é geralmente ocasional ou mesmo raro, e a sua exploração <strong>humana</strong> é pouco<br />
frequente e limitada a locais com me<strong>no</strong>r acessibilida<strong>de</strong> e/ou sujeitos a maior agitação<br />
marítima.<br />
Importância da predação <strong>humana</strong> <strong>no</strong> <strong>litoral</strong> <strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong><br />
Foram calculadas estimativas anuais do rendimento da predação <strong>humana</strong> <strong>no</strong> <strong>litoral</strong><br />
<strong>rochoso</strong> alenteja<strong>no</strong>, <strong>de</strong> modo a permitir a sua comparação com valores alcançados por<br />
activida<strong>de</strong>s similares, <strong>no</strong>utras regiões litorais. Assim, foi necessário extrapolar os valores <strong>de</strong><br />
rendimento obtidos <strong>no</strong> presente trabalho, cuja amostragem foi apenas efectuada numa<br />
estação do a<strong>no</strong> (Verão). Tendo como base estes dados <strong>de</strong> rendimento, e utilizando os<br />
dados obtidos durante cerca <strong>de</strong> dois a<strong>no</strong>s na análise da intensida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
predação (secção 2), esta extrapolação consistiu <strong>no</strong> seguinte:<br />
- com excepção da apanha <strong>de</strong> ouriço-do-mar, em que a quantida<strong>de</strong> capturada por<br />
pescador variou com a pretensa utilização posterior das capturas e, assim, diferiu consoante<br />
a estação do a<strong>no</strong> (gran<strong>de</strong>s quantida<strong>de</strong>s frequentemente capturadas para alimento <strong>no</strong><br />
Inver<strong>no</strong> e <strong>no</strong> início da Primavera; pequenas quantida<strong>de</strong>s ocasionalmente apanhadas para<br />
isco nas outras estações do a<strong>no</strong>), observações feitas <strong>no</strong> terre<strong>no</strong> e informações obtidas junto<br />
<strong>de</strong> pescadores locais ao longo <strong>de</strong>ste trabalho sugerem que, nas restantes activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />
predação, não ocorreram diferenças sazonais <strong>no</strong>tórias <strong>no</strong> peso do pescado capturado por<br />
pescador num <strong>de</strong>terminado período <strong>de</strong> exploração, pelo que, embora tal não tenha sido<br />
testado, foi assumido que, nestas activida<strong>de</strong>s, tais diferenças não se verificaram;<br />
- as estimativas <strong>de</strong> rendimento foram calculadas <strong>no</strong> caso das principais activida<strong>de</strong>s<br />
<strong>de</strong> predação, com excepção da pesca submarina, na qual não foram obtidos valores<br />
representativos;<br />
- <strong>no</strong> caso da apanha <strong>de</strong> ouriço-do-mar, sobretudo <strong>de</strong>senvolvida <strong>no</strong> Inver<strong>no</strong> e <strong>no</strong><br />
início da Primavera, a forma como as estimativas <strong>de</strong> rendimento foram calculadas é<br />
apresentada na secção 3.3, <strong>no</strong> respeitante à análise da sustentabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong>sta activida<strong>de</strong>;<br />
- nas restantes activida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> predação, proce<strong>de</strong>u-se, em primeiro lugar, ao<br />
cálculo do rendimento obtido por período <strong>de</strong> baixa-mar <strong>de</strong> marés vivas, usando directamente<br />
os valores médios observados por pescador em períodos <strong>de</strong>ste tipo, <strong>no</strong> Verão <strong>de</strong> 1999, e os<br />
correspon<strong>de</strong>ntes valores médios <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong> registados durante cerca <strong>de</strong> dois a<strong>no</strong>s e,<br />
em seguida, foi calculada a sua importância anual, tendo em conta que, <strong>no</strong> período <strong>de</strong><br />
amostragem <strong>de</strong>stes valores <strong>de</strong> intensida<strong>de</strong>, ocorreram, em média, 140,6 dias <strong>de</strong> marés<br />
vivas (com baixa-mar matinal <strong>de</strong> altura igual ou inferior a 0,7m, <strong>de</strong> acordo com as previsões<br />
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