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Notas de Orientação da Corporação Financeira Internacional: - IFC

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Nota <strong>de</strong> Orientação 6<br />

Conservação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e Gestão Sustentável <strong>de</strong> Recursos<br />

Naturais Vivos<br />

1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012<br />

amplamente <strong>de</strong>finido que po<strong>de</strong> correspon<strong>de</strong>r a uma ecorregião, um bioma ou qualquer outra uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

espaço ecologicamente significante em nível regional (ou seja, não específica ao local). Em alguns casos<br />

a uni<strong>da</strong><strong>de</strong> “paisagem terrestre/paisagem marinha” po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> em termos <strong>de</strong> uma fronteira<br />

administrativa ou territorial ou uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> área zonea<strong>da</strong> em águas internacionais. Em ca<strong>da</strong> caso, a<br />

intenção do requisito é que os clientes i<strong>de</strong>ntifiquem impactos relacionados ao projeto, especialmente<br />

aqueles sobre a conectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> do habitat e/ou áreas <strong>de</strong> captação jusante, fora <strong>da</strong>s fronteiras do local do<br />

projeto. A análise <strong>da</strong> paisagem terrestre/paisagem marinha é uma etapa fun<strong>da</strong>mental na <strong>de</strong>terminação<br />

<strong>de</strong> opções <strong>de</strong> mitigação ecologicamente apropria<strong>da</strong>s que estão alinha<strong>da</strong>s a esforços <strong>de</strong> conservação<br />

mais amplos na região. Essas análises suportam a toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão para <strong>de</strong>terminar se os impactos<br />

<strong>de</strong>vem ser evitados ou são a<strong>de</strong>quados para compensações, e suportam a seleção e elaboração <strong>de</strong> uma<br />

estratégia <strong>de</strong> mitigação, incluindo mitigação <strong>de</strong> compensação que contribui com as metas <strong>de</strong><br />

conservação em nível regional, em vez <strong>de</strong> impactos somente no nível do local. A análise <strong>da</strong> paisagem<br />

terrestre/paisagem marinha não implica necessariamente na coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos em campo fora do local do<br />

projeto. A avaliação sem inspeção física, incluindo os exercícios <strong>de</strong> mapeamento e consulta com<br />

especialistas regionais, po<strong>de</strong> aju<strong>da</strong>r o cliente a enten<strong>de</strong>r o local do seu projeto no contexto <strong>de</strong> uma<br />

paisagem terrestre/paisagem marinha mais ampla. Este tipo <strong>de</strong> análise é <strong>de</strong> fun<strong>da</strong>mental importância na<br />

prevenção <strong>da</strong> <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção e fragmentação do habitat natural, especialmente <strong>de</strong> impactos cumulativos.<br />

NO18. Projetos complexos e <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala envolvendo riscos e impactos significativos por diversos<br />

valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e serviços <strong>de</strong> ecossistemas se beneficiariam <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> uma “abor<strong>da</strong>gem<br />

volta<strong>da</strong> para o ecossistema” para enten<strong>de</strong>r o ambiente no qual o projeto está localizado. Conforme<br />

<strong>de</strong>scrito pela Convenção sobre Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> Biológica, a abor<strong>da</strong>gem volta<strong>da</strong> ao ecossistema é uma<br />

“estratégia para a gestão integra<strong>da</strong> <strong>da</strong> terra, água e recursos vivos que promove a conservação e o uso<br />

sustentável <strong>de</strong> forma equitativa”. A CBD <strong>de</strong>fine “ecossistema” como um “complexo dinâmico <strong>de</strong><br />

comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> micro-organismos, animais e plantas e seu ambiente não vivo que interagem como uma<br />

uni<strong>da</strong><strong>de</strong> funcional”. Esta <strong>de</strong>finição não especifica qualquer uni<strong>da</strong><strong>de</strong> espacial particular ou dimensão. Em<br />

vez disso, a CBD informa que a dimensão <strong>da</strong> análise e ação <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> pelo problema sendo<br />

tratado. O Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6 também adota uma abor<strong>da</strong>gem similar ao <strong>de</strong>finir “habitats”.<br />

NO19. A abor<strong>da</strong>gem volta<strong>da</strong> para o ecossistema tem como foco a relação entre componentes e<br />

processos em um ecossistema. Ela reconhece que os muitos componentes <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> controlam<br />

o armazenamento e fluxos <strong>de</strong> energia, água e nutrientes <strong>de</strong>ntro dos ecossistemas, o que proporciona<br />

uma resistência a perturbações importantes. O conhecimento <strong>da</strong> estrutura e <strong>da</strong> função do ecossistema<br />

contribui para um entendimento <strong>da</strong> resiliência do ecossistema e dos efeitos <strong>da</strong> per<strong>da</strong> <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e<br />

fragmentação do habitat. A abor<strong>da</strong>gem volta<strong>da</strong> para o ecossistema reconhece que a biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

funcional nos ecossistemas proporciona muitos bens e serviços <strong>de</strong> importância socioeconômica (ou seja,<br />

serviços <strong>de</strong> ecossistemas). Esta abor<strong>da</strong>gem <strong>de</strong>ve ser leva<strong>da</strong> em consi<strong>de</strong>ração no <strong>de</strong>senvolvimento do<br />

processo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> riscos e impactos, que normalmente analisa impactos no isolamento um<br />

com relação ao outro e prescreve medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação <strong>da</strong> mesma forma. Os clientes <strong>de</strong>vem consi<strong>de</strong>rar<br />

a implementação <strong>de</strong> abor<strong>da</strong>gens integra<strong>da</strong>s, inovadoras e em tempo real para avaliar o ambiente<br />

socioecológico, especialmente para projetos complexos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> escala com impactos únicos,<br />

múltiplos e/ou variados.<br />

NO20. Um elemento essencial <strong>da</strong> abor<strong>da</strong>gem volta<strong>da</strong> para o ecossistema, e um requisito do cliente<br />

<strong>de</strong>finido no parágrafo 7 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6, é a adoção <strong>de</strong> práticas <strong>de</strong> gestão a<strong>da</strong>ptáveis. A<br />

premissa <strong>da</strong> gestão a<strong>da</strong>ptável é que a gestão do ecossistema <strong>de</strong>vem envolver um processo <strong>de</strong><br />

aprendizado, o qual aju<strong>da</strong> a a<strong>da</strong>ptar metodologias e práticas às formas como esses sistemas estão<br />

sendo gerenciados e monitorados. Para o setor privado, gestão a<strong>da</strong>ptável é um conceito que <strong>de</strong>ve estar<br />

enraizado no SGAS do cliente. Como é normalmente o caso na <strong>de</strong>terminação dos riscos e impactos<br />

sobre a biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e os serviços <strong>de</strong> ecossistemas, existem lacunas nos <strong>da</strong>dos mesmo após um<br />

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