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Notas de Orientação da Corporação Financeira Internacional: - IFC

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Nota <strong>de</strong> Orientação 6<br />

Conservação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e Gestão Sustentável <strong>de</strong> Recursos<br />

Naturais Vivos<br />

1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012<br />

vegetativa assim que possível após a construção ou perturbação; (ii) restabelecimento do habitat original<br />

às suas condições anteriores à construção/anteriores à perturbação; (iii) medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação, incluindo<br />

controles <strong>de</strong> gestão e treinamento <strong>da</strong> força <strong>de</strong> trabalho; e, (iv) quando espécies nativas (em especial<br />

espécies protegi<strong>da</strong>s) não pu<strong>de</strong>rem ser manti<strong>da</strong>s in situ, levar em consi<strong>de</strong>ração técnicas <strong>de</strong> conservação<br />

tais como translocação/transferência. Medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação no local <strong>de</strong>vem ser incluí<strong>da</strong>s em um Plano<br />

<strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou um Plano <strong>de</strong> Gestão Ecológica (ver Anexo A para mais orientações).<br />

NO47. Conforme <strong>de</strong>scrito no parágrafo 15 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6, em to<strong>da</strong>s as áreas <strong>de</strong> um<br />

habitat natural, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong>s possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> conversão e <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção significativas, o<br />

cliente <strong>de</strong>ve elaborar medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação para que não haja “nenhuma <strong>de</strong> per<strong>da</strong> líqui<strong>da</strong>” na<br />

biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, se possível, por meio <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> várias medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação <strong>de</strong> compensação e<br />

no local. “Nenhuma per<strong>da</strong> líqui<strong>da</strong>” é <strong>de</strong>finido na nota <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé 9 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6 como o<br />

“ponto em que os impactos relacionados ao projeto sobre a biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> são compensados por<br />

medi<strong>da</strong>s adota<strong>da</strong>s para evitar e minimizar os impactos do projeto, empreen<strong>de</strong>r a recuperação no local e,<br />

finalmente, compensar os impactos residuais significativos, se houver, em uma escala geográfica<br />

a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> (ex.: no nível local, <strong>de</strong> paisagem, nacional, regional).” Nenhuma per<strong>da</strong> líqui<strong>da</strong> se refere aos<br />

valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> interesse associados ao local do projeto em particular e à sua conservação<br />

em uma escala ecologicamente relevante. Este argumento <strong>de</strong> escala é enfatizado inúmeras vezes no<br />

Padrão <strong>de</strong> Desempenho (por exemplo, nota <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé 3 (compensações), nota <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé 12 (habitat<br />

crítico)) e várias vezes nesta Nota <strong>de</strong> Orientação. Existe uma varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> métodos para calcular a<br />

per<strong>da</strong> <strong>de</strong> valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificados e para quantificar as per<strong>da</strong>s residuais. Esses métodos<br />

então precisariam ser combinados com uma avaliação para <strong>de</strong>terminar se as per<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>riam ser<br />

compensa<strong>da</strong>s pelos ganhos feitos por meio <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação, incluindo a mitigação <strong>de</strong><br />

compensação. Métodos e métricas a<strong>de</strong>quados irão variar <strong>de</strong> local para local e o cliente precisará<br />

contratar especialistas competentes para <strong>de</strong>monstrar que é possível não haver nenhuma per<strong>da</strong> líqui<strong>da</strong>.<br />

Depen<strong>de</strong>ndo <strong>da</strong> natureza e dimensão do projeto, bem como <strong>da</strong> extensão do habitat natural, os cálculos<br />

<strong>de</strong> per<strong>da</strong>/ganho para <strong>de</strong>terminar a mitigação <strong>de</strong> compensação po<strong>de</strong>rão ser substituídos pela <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong><br />

um especialista <strong>de</strong>terminando a a<strong>de</strong>quação <strong>da</strong> compensação.<br />

NO48. O parágrafo 15 <strong>de</strong>screve uma série <strong>de</strong> potenciais medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação que estão em<br />

conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com a hierarquia <strong>de</strong> mitigação, mas são <strong>de</strong> especial relevância para que não haja<br />

nenhuma per<strong>da</strong> líqui<strong>da</strong> no habitat natural. O primeiro ponto i<strong>de</strong>ntifica “set-asi<strong>de</strong>s”, que são áreas <strong>de</strong><br />

terra, normalmente <strong>de</strong>ntro do local do projeto ou em outras áreas adjacentes sobre as quais o cliente<br />

possui controle <strong>de</strong> gestão, que “são excluí<strong>da</strong>s do <strong>de</strong>senvolvimento e que são objeto <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong><br />

medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> aprimoramento <strong>da</strong> conservação” (nota <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé 10). Set-asi<strong>de</strong>s são uma forma comum <strong>de</strong><br />

mitigação nos setores <strong>de</strong> agronegócios e silvicultura. A terminologia é menos familiar para operadores <strong>de</strong><br />

mineração e óleo e gás, outros setores industriais (por exemplo, <strong>de</strong> fabricação <strong>de</strong> cimento e extração <strong>de</strong><br />

material <strong>de</strong> construção), e os setores <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> moradia e infraestrutura. Set-asi<strong>de</strong>s<br />

também po<strong>de</strong>m ser áreas <strong>de</strong> Alto Valor <strong>de</strong> Conservação (AVC) (ver parágrafo NO35). A terminologia setasi<strong>de</strong><br />

foi incorpora<strong>da</strong> à versão <strong>de</strong> 2011 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6 para ser mais consistente com<br />

algumas formas <strong>de</strong> legislação governamental e com os vários padrões voluntários internacionais ja bem<br />

estabelecidos assim como aqueles em evolução, como o Conselho <strong>de</strong> Manejo Florestal (CMF) e a Mesa<br />

Redon<strong>da</strong> para a Sustentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> do Óleo <strong>de</strong> Palma (MRSOP). Embora outros setores <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senvolvimento industriais/<strong>de</strong> infraestrutura normalmente não concor<strong>de</strong>m com a terminologia set-asi<strong>de</strong>,<br />

sua prática é essencialmente a mesma nas áreas com valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> relativamente mais<br />

altos <strong>de</strong>ntro do local do projeto ou na área <strong>de</strong> concessão que são evitados ou <strong>de</strong>signados para fins <strong>de</strong><br />

conservação.<br />

NO49. Set-asi<strong>de</strong>s e compensações <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> estão relacionados, mas são conceitos diferentes.<br />

As compensações <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> têm como intuito compensar impactos residuais significativos e<br />

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