Notas de Orientação da Corporação Financeira Internacional: - IFC
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Nota <strong>de</strong> Orientação 6<br />
Conservação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e Gestão Sustentável <strong>de</strong> Recursos<br />
Naturais Vivos<br />
1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012<br />
crítico é basea<strong>da</strong> na presença <strong>de</strong> altos valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>de</strong> um projeto ser<br />
realizado nesse habitat. Os clientes não <strong>de</strong>vem argumentar que não estão em um habitat crítico com<br />
base na pega<strong>da</strong> do projeto ou seus impactos. Por exemplo, se o valor <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> que enseja a<br />
<strong>de</strong>signação <strong>de</strong> habitat crítico for uma população regionalmente importante <strong>de</strong> um réptil ameaçado<br />
(Critério 1), e o cliente estiver <strong>de</strong>senvolvendo um parque eólico nesse habitat crítico, o cliente estaria em<br />
um habitat crítico in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente dos impactos (ou “não impactos”) <strong>de</strong>sse parque eólico. Em<br />
qualquer caso, o cliente é responsável por reconhecer os valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> existentes <strong>da</strong> área<br />
na qual está localizado. As etapas <strong>de</strong>scritas abaixo focam nisso. A próxima etapa seria <strong>de</strong>senvolver uma<br />
estratégia <strong>de</strong> mitigação a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>. Orientações para tanto são estabeleci<strong>da</strong>s nos parágrafos NO98 a<br />
NO112.<br />
Etapa 1 – Revisão Inicial <strong>da</strong> Literatura/Consulta com Partes Interessa<strong>da</strong>s<br />
Objetivo: Obter um entendimento <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> paisagem terrestre do ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong><br />
to<strong>da</strong>s as partes interessa<strong>da</strong>s relevantes.<br />
Processo: Exercícios <strong>de</strong> consulta em campo e revisão <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos bibliográficos.<br />
NO67. Uma revisão inicial e substancial <strong>da</strong> literatura e consulta com partes interessa<strong>da</strong>s relevantes,<br />
incluindo organizações <strong>de</strong> conservação reconheci<strong>da</strong>s, autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s governamentais ou outras<br />
autori<strong>da</strong><strong>de</strong>s relevantes, instituições acadêmicas ou outras instituições científicas e peritos externos<br />
reconhecidos, incluindo especialistas em espécies <strong>de</strong> interesse, é essencial para <strong>de</strong>terminar se o local<br />
<strong>de</strong> um projeto estiver situado em um habitat crítico. A revisão <strong>da</strong> literatura/consulta com partes<br />
interessa<strong>da</strong>s <strong>de</strong>ve fornecer uma percepção dos valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> associados à área <strong>de</strong><br />
influência do projeto. Esta etapa é similar à orientação forneci<strong>da</strong> nos parágrafos NO10 a NO12 para os<br />
requisitos gerais do cliente para atendimento do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6, mas seria <strong>de</strong> se esperar que<br />
fossem mais rigorosos para projetos localizados em habitat crítico. Esta etapa <strong>da</strong> avaliação não <strong>de</strong>ve<br />
focar na questão <strong>de</strong> que os valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> realmente classificam a área como um habitat<br />
crítico e/ou se o projeto terá um impacto sobre um valor <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> em particular. O foco nesta<br />
etapa inicial <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong> se adquirir um entendimento imparcial <strong>da</strong> paisagem terrestre/paisagem marinha<br />
com relação aos valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Observe que <strong>de</strong>terminações <strong>de</strong> habitat crítico <strong>de</strong>vem ser<br />
feitas em linha com esquemas <strong>de</strong> priorização <strong>de</strong> paisagem terrestre existentes para a conservação <strong>de</strong><br />
biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, conforme estabelecido pela re<strong>de</strong> nacional <strong>de</strong> organizações <strong>de</strong> conservação, grupos<br />
globais <strong>de</strong> conservação, instituições acadêmicas e/ou pelo governo local/nacional. Portanto, as<br />
avaliações <strong>de</strong> planejamento <strong>de</strong> conservação sistemáticas realiza<strong>da</strong>s pelos órgãos governamentais,<br />
instituições acadêmicas reconheci<strong>da</strong>s e/ou outras organizações qualifica<strong>da</strong>s relevantes (incluindo ONGs<br />
internacionalmente reconheci<strong>da</strong>s) também <strong>de</strong>vem ser feitas nesta etapa. Isso po<strong>de</strong>rá fornecer<br />
informações sobre ecossistemas ameaçados, tipos <strong>de</strong> vegetação e classificação do solo.<br />
Etapa 2: Coleta <strong>da</strong> Dados <strong>de</strong> Campo e Verificação <strong>de</strong> Informações Disponíveis<br />
Objetivo: Coletar <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> campo e verificar informações <strong>de</strong>talha<strong>da</strong>s disponíveis necessárias para a<br />
avaliação <strong>de</strong> habitat crítico.<br />
Processo: Contratar especialistas qualificados para a coleta <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> campo conforme necessário,<br />
<strong>de</strong>ntro e fora <strong>da</strong> área do projeto/uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão discreta.<br />
NO68. Dados <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> campo po<strong>de</strong>m já ter sido adquiridos como parte do ESIA geral do<br />
projeto, conforme <strong>de</strong>scrito nos parágrafos NO8 e NO9. Nos casos em que esses <strong>da</strong>dos forem<br />
ina<strong>de</strong>quados ou em que métricas/<strong>da</strong>dos não agregados quantificados não forem consi<strong>de</strong>rados parte do<br />
ESIA, o cliente <strong>de</strong>ve coletar esses <strong>da</strong>dos usando um combinação <strong>de</strong> métodos, ou seja, estudos <strong>de</strong> linha<br />
<strong>de</strong> base/ caracterização <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>, pesquisa ecológica, consulta com peritos e <strong>da</strong>dos obtidos <strong>da</strong><br />
literatura científica recente e <strong>de</strong> Planos <strong>de</strong> Ação e Estratégia para a Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> Nacional<br />
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