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Notas de Orientação da Corporação Financeira Internacional: - IFC

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Nota <strong>de</strong> Orientação 6<br />

Conservação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e Gestão Sustentável <strong>de</strong> Recursos<br />

Naturais Vivos<br />

1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012<br />

estabeleci<strong>da</strong> e prontamente acessível a uma ampla gama <strong>de</strong> profissionais, as melhores informações<br />

científicas disponíveis e pareceres <strong>de</strong> peritos seriam usados para orientar o processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão com<br />

relação à “importância” relativa <strong>de</strong> um habitat aciona<strong>da</strong> por esses critérios. No entanto, enfatizamos que<br />

no processo <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminação <strong>de</strong> habitat crítico, todos os critérios são igualmente pon<strong>de</strong>rados em termos<br />

<strong>de</strong> possível conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com os parágrafos 17 a 19 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6. Não há um critério<br />

que seja mais importante do que outro para fazer as <strong>de</strong>signações <strong>de</strong> habitat crítico ou para <strong>de</strong>terminar a<br />

conformi<strong>da</strong><strong>de</strong> com o Padrão <strong>de</strong> Desempenho. Critérios divididos em níveis (Critérios 1 a 3) e não<br />

divididos em níveis (Critérios 4 e 5) são igualmente importantes a esse respeito.<br />

Determinação <strong>de</strong> Habitat Crítico<br />

NO63. Consi<strong>de</strong>rando a extensão dos ecossistemas (por exemplo, florestas, pra<strong>da</strong>rias, <strong>de</strong>sertos,<br />

habitats <strong>de</strong> água doce ou marinhos), as várias formas <strong>de</strong> habitat crítico (por exemplo, habitats<br />

necessários para a sobrevivência <strong>de</strong> espécies ameaça<strong>da</strong>s e migratórias, áreas contendo processos<br />

evolutivos únicos) e a varie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> espécies (por exemplo, bentos, plantas, insetos, aves,<br />

répteis/anfíbios, megafauna <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> varie<strong>da</strong><strong>de</strong>) abrangi<strong>da</strong>s no Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6, métodos<br />

específicos para a avaliação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> serão inerentemente específicos do projeto e do local.<br />

Portanto, o Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6 não fornece metodologias para a condução <strong>de</strong> avaliações <strong>de</strong><br />

biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em vez disso, três etapas amplas são forneci<strong>da</strong>s abaixo para orientar o cliente na<br />

elaboração do escopo geral <strong>de</strong> uma avaliação <strong>de</strong> habitat crítico.<br />

NO64. Deve-se enfatizar que uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> paisagem terrestre e paisagem marinha relativamente<br />

amplas po<strong>de</strong>m ser classifica<strong>da</strong>s como habitat crítico. Portanto, a escala <strong>da</strong> avaliação <strong>de</strong> habitat crítico<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos atributos <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> particulares ao habitat em questão e dos processos ecológicos<br />

necessários para mantê-los. Dessa forma, uma avaliação <strong>de</strong> habitat crítico não <strong>de</strong>ve ter como foco<br />

somente o local do projeto. O cliente <strong>de</strong>ve estar preparado para conduzir avaliações <strong>de</strong> referências<br />

bibliográficas, consultar peritos e outras partes interessa<strong>da</strong>s relevantes para obter um entendimento <strong>da</strong><br />

importância relativa ou singulari<strong>da</strong><strong>de</strong> do local com relação à escala regional e até mesmo global, e/ou<br />

conduzir levantamento <strong>de</strong> campo além dos limites do local do projeto. Essas consi<strong>de</strong>rações fariam parte<br />

<strong>da</strong>s análises <strong>de</strong> paisagem terrestre/paisagem marinha menciona<strong>da</strong>s no parágrafo 6 do Padrão <strong>de</strong><br />

Desempenho 6 e no parágrafo NO17.<br />

NO65. Para os Critérios 1 a 3, o projeto <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>terminar um limite sensível (ecológico ou político) que<br />

<strong>de</strong>fine a área do habitat a ser consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> na Avaliação <strong>de</strong> Habitat Crítico. Isso é chamado “uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

gestão discreta”, uma área com um limite passível <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido <strong>de</strong>ntro do qual comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s biológicas<br />

e/ou problemas <strong>de</strong> gestão têm mais em comum entre sim do que com áreas adjacentes (a<strong>da</strong>ptado <strong>da</strong><br />

<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> discrição <strong>da</strong> Aliança pela Extinção Zero). Uma uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão discreta po<strong>de</strong> ou po<strong>de</strong>rá<br />

ter um limite <strong>de</strong> gestão real (por exemplo, áreas legalmente protegi<strong>da</strong>s, locais consi<strong>de</strong>rados Patrimônio<br />

<strong>da</strong> Humani<strong>da</strong><strong>de</strong>, PABs, AIAs, reservas <strong>de</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s), mas também po<strong>de</strong>ria ser <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> por algum<br />

outro limite sensível passível <strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finido ecologicamente (por exemplo, bacia hidrográfica, zona<br />

interfluvial, uma seção <strong>de</strong> floresta intacta <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um habitat modificado com áreas parcialmente<br />

fragmenta<strong>da</strong>s, habitat <strong>de</strong> algas marinhas, recife <strong>de</strong> corais, área <strong>de</strong> afloramento concentra<strong>da</strong>, etc.). A<br />

<strong>de</strong>lineação <strong>da</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gestão <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>rá <strong>da</strong>s espécies (e, às vezes, subespécies) em questão.<br />

NO66. Três etapas são <strong>de</strong>scritas abaixo para resumir os principais métodos que <strong>de</strong>vem ser utilizados<br />

para i<strong>de</strong>ntificar e caracterizar habitats críticos. Observe que o tipo do projeto, seus impactos e sua<br />

estratégia <strong>de</strong> mitigação são irrelevantes para a realização <strong>da</strong>s Etapas 1 a 3. A <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> habitat crítico<br />

e dos impactos <strong>de</strong> um <strong>de</strong>terminado projeto são dois conceitos não relacionados. A <strong>de</strong>finição do habitat<br />

NO15<br />

Ver Rodriguez, J.P. et al. 2011. Estabelecendo os Critérios <strong>da</strong> Lista Vermelha <strong>da</strong> IUCN para Ecossistemas Ameaçados<br />

(Establishing IUCN Red List Criteria for Threatened Ecosystems). Conservation Biology 25(1): 21–29; e Rodriguez, J.P. et al. 2007.<br />

Assessing extinction risk in the absence of species-level <strong>da</strong>ta: quantitative criteria for terrestrial ecosystems. Biodiversity and<br />

Conservation 16(1): 183–209.<br />

24

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