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Notas de Orientação da Corporação Financeira Internacional: - IFC

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Nota <strong>de</strong> Orientação 6<br />

Conservação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e Gestão Sustentável <strong>de</strong> Recursos<br />

Naturais Vivos<br />

1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012<br />

projeto/área <strong>de</strong> concessão). Em qualquer um dos casos, o segundo ponto do Parágrafo 17 inclui os<br />

processos ecológicos que justificam os valores <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. A conservação do processo<br />

ecológico necessário para manter o habitat crítico é claramente tão importante quanto a conservação<br />

dos próprios valores individuais. Adicionalmente, muitos valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> são<br />

inter<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes e não po<strong>de</strong>m ser conservados isola<strong>da</strong>mente um do outro. NO38<br />

NO103. O terceiro ponto do parágrafo 17 é aplicável ao Critério 1 apenas (espécies GR e AM). Os<br />

projetos não levarão a uma redução líqui<strong>da</strong> <strong>de</strong>ssas espécies em escala global e/ou<br />

nacional/regional. Redução líqui<strong>da</strong> é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> na nota <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé 13 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6. A<br />

nota <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé 13 também fornece uma i<strong>de</strong>ia do significado <strong>de</strong> “e/ou”, ou seja, quando um<br />

cumprimento é <strong>de</strong>terminado na escala <strong>da</strong> população global e quando é <strong>de</strong>terminado na escala<br />

nacional/regional. Isso <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>da</strong> listagem <strong>da</strong>s espécies por meio <strong>da</strong> qual o habitat crítico é, antes<br />

<strong>de</strong> mais na<strong>da</strong>, <strong>de</strong>terminado. Isso é explicado na nota <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé 11 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6. Na<br />

maior parte dos casos, o habitat será crítico com base na Lista Vermelha global <strong>da</strong> IUCN e, nesses<br />

casos, a redução líqui<strong>da</strong> será <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> a respeito <strong>da</strong> população global. Em casos em que o<br />

habitat é consi<strong>de</strong>rado crítico segundo o Critério 1 com base na lista <strong>de</strong> espécies ameaça<strong>da</strong>s em<br />

termos regionais e/ou nacionais, a redução líqui<strong>da</strong> será <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> a respeito <strong>da</strong> população<br />

regional e/ou nacional. A toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões <strong>de</strong>sse tipo <strong>de</strong>ve acontecer ao consultar profissionais<br />

competentes, incluindo indivíduos dos Grupos <strong>de</strong> Especialistas do Comitê <strong>de</strong> Sobrevivência <strong>da</strong>s<br />

Espécies <strong>da</strong> IUCN.<br />

NO104. O terceiro ponto do parágrafo 17 também utiliza a terminologia “por um período <strong>de</strong> tempo<br />

razoável”. Isso remete à questão <strong>de</strong> quando o cliente <strong>de</strong>ve conseguir <strong>de</strong>monstrar a ausência <strong>de</strong><br />

redução líqui<strong>da</strong>. O prazo é inerentemente específico a ca<strong>da</strong> caso. Depen<strong>de</strong>rá do tipo <strong>de</strong> espécies (e,<br />

mais importante, seu ciclo reprodutivo), bem como <strong>da</strong> estratégia <strong>de</strong> mitigação seleciona<strong>da</strong> do cliente<br />

(por exemplo, medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> proteção no local versus translocação versus compensação). Também<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r <strong>da</strong> seleção <strong>de</strong> indicadores <strong>de</strong> monitoramento do cliente. A redução aceitável na<br />

população também não <strong>de</strong>ve ser interpreta<strong>da</strong> como subsistência <strong>de</strong> todo indivíduo no local. Apesar<br />

<strong>de</strong> isso po<strong>de</strong>r ser o caso em algumas situações, por exemplo, para as espécies GR quase em<br />

extinção na natureza, nenhuma redução líqui<strong>da</strong> tem como base a “capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> as espécies<br />

persistirem nas escalas globais e/ou regionais/nacionais por muitas gerações ou por um longo<br />

período <strong>de</strong> tempo” (nota <strong>de</strong> ro<strong>da</strong>pé 13 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6).<br />

NO105. O programa <strong>de</strong> monitoramento e avaliação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> é um aspecto fun<strong>da</strong>mental<br />

para garantir o cumprimento do parágrafo 17 e um requisito do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6, conforme<br />

consta no quarto ponto <strong>de</strong>ste parágrafo. O programa <strong>de</strong> monitoramento e avaliação <strong>de</strong>ve ser<br />

projetado em dois níveis: (i) monitoramento em campo dos respectivos valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

(por exemplo, espécies, ecossistemas); e (ii) monitoramento <strong>da</strong> implementação (e, portanto, eficácia)<br />

<strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação e controles <strong>de</strong> gestão (como parte do SGAS do cliente). Em alguns casos,<br />

o projeto também <strong>de</strong>ve monitorar a situação <strong>da</strong>s ameaças contínuas em suas proximi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, como<br />

caça <strong>de</strong> animais silvestres e expansão agrícola. Caso uma compensação(ões) <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

faça(m) parte <strong>da</strong> estratégia <strong>de</strong> mitigação, um programa separado <strong>de</strong>ve ser criado para monitorar e<br />

avaliar o sucesso do programa <strong>de</strong> compensação. O programa <strong>de</strong> monitoramento <strong>de</strong>ve ser<br />

quantitativo ou semiquantitativo e, preferencialmente, justificável em termos estatísticos. Em alguns<br />

casos, como florestas tropicais, po<strong>de</strong> ser mais prático (e sensato) utilizar referências em vez <strong>de</strong><br />

utilizar um método BACI (Before-After-Control-Impact), como a heterogenei<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> paisagem<br />

terrestre po<strong>de</strong> tornar o monitoramento segundo uma base <strong>de</strong> pré-construção difícil ou impossível.<br />

Em qualquer um dos casos, o cliente <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>senvolver um conjunto <strong>de</strong> indicadores (parâmetros)<br />

NO38 Veja a Abor<strong>da</strong>gem Volta<strong>da</strong> para o Ecossistema <strong>de</strong>scrita nos parágrafos NO18 e NO19.<br />

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