Notas de Orientação da Corporação Financeira Internacional: - IFC
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Nota <strong>de</strong> Orientação 6<br />
Conservação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e Gestão Sustentável <strong>de</strong> Recursos<br />
Naturais Vivos<br />
1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012<br />
um habitat natural in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente <strong>da</strong> presença <strong>de</strong> algumas espécies invasivas, floresta secundária,<br />
habitação humana ou outra alteração induzi<strong>da</strong> pelo homem.<br />
NO44. A conversão ou <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção significativa do habitat natural não ocorrerá a menos que o cliente<br />
possa <strong>de</strong>monstrar que todos os três requisitos do parágrafo 14 foram cumpridos e a empresa tenha<br />
<strong>de</strong>monstrado que suas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s propostas cumprem com os regulamentos <strong>de</strong> uso do solo e do<br />
licenciamento. O primeiro ponto é que não existe nenhuma alternativa viável para esse projeto em um<br />
habitat modificado (<strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> região). Isso é especialmente relevante para projeto <strong>de</strong> agronegócios, nos<br />
quais po<strong>de</strong> ser viável, em alguns casos, situar o projeto em terras altamente modifica<strong>da</strong>s ou <strong>de</strong>gra<strong>da</strong><strong>da</strong>s<br />
em vez <strong>de</strong> em áreas que foram recentemente <strong>de</strong>sfloresta<strong>da</strong>s ou em outras formas <strong>de</strong> habitat natural (por<br />
exemplo, a savana tropical). Nesses casos, uma análise <strong>de</strong> alternativas locacionais bem <strong>de</strong>senvolvi<strong>da</strong><br />
<strong>de</strong>ve ser conduzi<strong>da</strong> para explorar possíveis opções viáveis para <strong>de</strong>senvolvimento em habitat modificado.<br />
O termo “viável” inclui, entre ouros, alternativas viáveis técnica e financeiramente. Essa análise, em<br />
muitos casos, será em acréscimo à análise <strong>de</strong> alternativas incluí<strong>da</strong> como parte do processo <strong>de</strong><br />
i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> riscos e impactos. Ela <strong>de</strong>ve ser uma análise consi<strong>de</strong>ravelmente mais aprofun<strong>da</strong><strong>da</strong>s do<br />
que a normalmente incluí<strong>da</strong> em um ESIA, e <strong>de</strong>ve fornecer <strong>de</strong>talhes sobre alternativas na paisagem<br />
terrestre para o <strong>de</strong>senvolvimento do projeto, bem como o <strong>de</strong>talhamento <strong>de</strong> aumentos <strong>de</strong> custo para o<br />
<strong>de</strong>senvolvimento do habitat modificado em comparação com o natural.<br />
NO45. O segundo ponto do parágrafo 14 está relacionado ao engajamento e consulta com partes<br />
interessa<strong>da</strong>s. Se um projeto tem o potencial <strong>de</strong> resultar na conversão ou <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção significativa <strong>de</strong><br />
habitats naturais, grupos <strong>de</strong> partes interessa<strong>da</strong>s relevantes <strong>de</strong>vem ser engajados como parte <strong>de</strong> um<br />
diálogo rigoroso, justo e equilibrado, junto às múltiplas partes interessa<strong>da</strong>s. Os requisitos do cliente para<br />
o engajamento <strong>da</strong>s partes interessa<strong>da</strong>s estão <strong>de</strong>scritos no Padrão <strong>de</strong> Desempenho 1 e uma orientação<br />
correlata po<strong>de</strong> ser encontra<strong>da</strong> na Nota <strong>de</strong> Orientação 1. As partes interessa<strong>da</strong>s <strong>de</strong>vem especificamente<br />
estar engaja<strong>da</strong>s com relação (i) à extensão <strong>da</strong> conversão e <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção; (ii) às análises alternativas; (iii)<br />
aos valores <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e serviços <strong>de</strong> ecossistemas associados ao habitat natural; (iv) às opções<br />
para mitigação, incluindo set-asi<strong>de</strong>s e compensações <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>; e (v) à i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />
oportuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s adicionais para conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> (ver parágrafo NO34). Os clientes <strong>de</strong>vem<br />
manter um registro <strong>de</strong>sse engajamento <strong>de</strong> partes interessa<strong>da</strong>s e ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> consulta e <strong>de</strong>monstrar<br />
como os pontos <strong>de</strong> vista foram analisados e integrados à elaboração do projeto. Partes interessa<strong>da</strong>s<br />
<strong>de</strong>vem incluir um conjunto <strong>de</strong> opiniões diferentes, incluindo peritos científicos e técnicos,<br />
autori<strong>da</strong><strong>de</strong>/agências relevantes responsáveis pela conservação <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> ou o<br />
regulamento/gestão <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> ecossistemas, além <strong>de</strong> membros <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong> nacional e<br />
internacional <strong>de</strong> ONGs para a conservação, além <strong>da</strong>s Comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s Afeta<strong>da</strong>s.<br />
NO46. O terceiro ponto do parágrafo 14 mais uma vez enfatiza a importância <strong>de</strong> <strong>de</strong>monstrar a<br />
implementação <strong>da</strong> hierarquia <strong>de</strong> mitigação. Uma orientação geral sobre a hierarquia <strong>de</strong> mitigação está<br />
prevista no parágrafo NO16; no entanto, uma orientação adicional é forneci<strong>da</strong> aqui com relação à<br />
implementação <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação no local como forma <strong>de</strong> minimizar a <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção no local, o que<br />
é <strong>de</strong> especial importância para a operação em habitats naturais. Com relação à mitigação no local, são<br />
vários os tipos <strong>de</strong> medi<strong>da</strong>s possíveis e elas são geralmente melhor i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s por engenheiros<br />
ambientais, especialistas em controle <strong>de</strong> erosão e restauração, além <strong>de</strong> especialistas em gestão <strong>de</strong><br />
biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. De forma geral, os clientes <strong>de</strong>vem procurar minimizar a <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção do habitat seguindo<br />
um princípio <strong>de</strong> minimização <strong>da</strong> pega<strong>da</strong> por todo o ciclo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> do projeto. A <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção do habitat é<br />
uma <strong>da</strong>s potenciais ameaças diretas mais importantes à biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> associa<strong>da</strong> a projetos envolvendo<br />
o <strong>de</strong>senvolvimento significativo <strong>da</strong> terra. Além <strong>da</strong> minimização <strong>da</strong> pega<strong>da</strong> do projeto, o cliente <strong>de</strong>ve<br />
implementar estratégias <strong>de</strong> recuperação ecológica a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>s, incluindo planejamento e métodos <strong>de</strong><br />
restauração e reabilitação física e <strong>da</strong> revegetação (ou recuperação), no primeiro estágio do planejamento<br />
do projeto. Os princípios básicos <strong>de</strong>vem incluir (i) proteção do solo arável e recuperação <strong>da</strong> cobertura<br />
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