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Notas de Orientação da Corporação Financeira Internacional: - IFC

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Nota <strong>de</strong> Orientação 6<br />

Conservação <strong>da</strong> Biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> e Gestão Sustentável <strong>de</strong> Recursos<br />

Naturais Vivos<br />

1º <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 2012<br />

<strong>de</strong>vem <strong>de</strong>monstrar que não há nenhuma per<strong>da</strong> líqui<strong>da</strong> e, <strong>de</strong> preferência, ganhos positivos líquidos <strong>de</strong><br />

biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Set-asi<strong>de</strong>s são equivalente a medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> prevenção na hierarquia <strong>de</strong> mitigação e são<br />

algumas vezes prescritos pelo governo como sendo uma <strong>de</strong>termina<strong>da</strong> porcentagem (por exemplo, 20 por<br />

cento) <strong>da</strong> área <strong>de</strong> terra a ser converti<strong>da</strong>. Diferentemente <strong>de</strong> um set-asi<strong>de</strong>, a elaboração <strong>de</strong> uma<br />

compensação <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> exigiria que os profissionais fizessem uma avaliação para <strong>de</strong>terminar se<br />

a per<strong>da</strong> <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> no local é compensa<strong>da</strong> pelos ganhos <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> no local <strong>de</strong><br />

compensação. Ver parágrafo 10 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6 e orientação correlata sobre<br />

compensações conforme previsto nos parágrafos NO29 a NO33.<br />

NO50. O segundo ponto do parágrafo 15 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6 enfatiza a consi<strong>de</strong>ração que o<br />

cliente dá às medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação com o intuito <strong>de</strong> reduzir a fragmentação do habitat. A fragmentação<br />

do habitat é um dos impactos à biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> mais difundidos em habitats naturais e normalmente leva<br />

a uma <strong>de</strong>gra<strong>da</strong>ção do habitat a longo prazo <strong>de</strong>vido a efeitos <strong>de</strong> bor<strong>da</strong>, maior acesso <strong>de</strong> terceiros a áreas<br />

previamente não perturba<strong>da</strong>s e, algumas vezes, ao isolamento genético <strong>de</strong> populações <strong>da</strong> fauna e <strong>da</strong><br />

flora. Se um projeto estiver localizado em uma extensa selva intacta, o cliente <strong>de</strong>ve procurar <strong>de</strong>finir<br />

medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação para limitar a fragmentação, tal como a elaboração <strong>de</strong> corredores ecológicos para<br />

animais selvagens ou outras medi<strong>da</strong>s para aju<strong>da</strong>r a garantir a conectivi<strong>da</strong><strong>de</strong> entre habitats ou<br />

metapopulações existentes. Esse requisito também está ligado ao requisito do parágrafo 6 do Padrão <strong>de</strong><br />

Desempenho 6 sobre consi<strong>de</strong>rações <strong>de</strong> nível <strong>da</strong> paisagem terrestre/paisagem marítima (ver também o<br />

parágrafo NO17). As análises <strong>da</strong> paisagem terrestre/paisagens marítimas aju<strong>da</strong>riam o cliente a i<strong>de</strong>ntificar<br />

medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação <strong>de</strong> valor em maior escala. Impactos indiretos associados ao acesso induzido por<br />

terceiros po<strong>de</strong>m ser especialmente prejudiciais à biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e po<strong>de</strong>m estar relacionados ao tópico<br />

<strong>de</strong> fragmentação do habitat. Clientes que <strong>de</strong>senvolvam infraestruturas lineares e/ou rodovias <strong>de</strong> acesso<br />

<strong>de</strong>vem, como uma questão <strong>de</strong> priori<strong>da</strong><strong>de</strong>, <strong>de</strong>senvolver formas rigorosas <strong>de</strong> controlar o uso por terceiros<br />

<strong>de</strong>ssas áreas. As medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação <strong>de</strong>vem ser integralmente discuti<strong>da</strong>s com os gerentes <strong>de</strong><br />

construção do projeto e gerentes <strong>de</strong> operações para garantir uma abor<strong>da</strong>gem coor<strong>de</strong>na<strong>da</strong> e <strong>de</strong> longo<br />

prazo. O governo <strong>de</strong>ve estar plenamente ciente dos compromissos do projeto já que po<strong>de</strong> estar<br />

interessado em manter rotas <strong>de</strong> acesso ao projeto para uso público após a fase <strong>de</strong> construção e/ou<br />

<strong>de</strong>sativação do projeto. Medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> mitigação <strong>de</strong>ssa natureza são mais bem implementa<strong>da</strong>s por meio <strong>de</strong><br />

um Plano <strong>de</strong> Gestão <strong>de</strong> Acesso Induzido.<br />

NO51. Com relação ao terceiro ponto do parágrafo 15 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6, veja a orientação<br />

relevante no parágrafo NO16 sobre recuperação do habitat. Tanto a prevenção quanto a recuperação do<br />

habitat são especialmente importantes nas áreas <strong>de</strong> floresta <strong>de</strong> alto carbono, bem como em habitats<br />

marinhos e litorâneos vulneráveis aos efeitos <strong>de</strong> mu<strong>da</strong>nças climáticas ou que contribuem com a<br />

mitigação <strong>da</strong> mu<strong>da</strong>nça do clima, como manguezais, turfeiras, pântanos salgados sujeitos às marés,<br />

florestas <strong>de</strong> alga e leitos <strong>de</strong> algas marinhas.<br />

NO52. Por fim, com relação ao quarto ponto do parágrafo 15 no Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6, a<br />

implementação <strong>de</strong> compensações <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> é uma forma importante por meio <strong>da</strong> qual o cliente<br />

po<strong>de</strong>rá atingir zero per<strong>da</strong> líqui<strong>da</strong> <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> no habitat natural. Uma orientação sobre<br />

compensações <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> é forneci<strong>da</strong> nos parágrafos NO29 a NO33. Se existirem estruturas<br />

bancárias <strong>de</strong> conservação/compensação <strong>de</strong> biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> confiáveis e relevantes, o investimento do<br />

cliente nesses programas po<strong>de</strong>ria possivelmente aten<strong>de</strong>r os requisitos <strong>de</strong> compensação. Espera-se que<br />

os clientes <strong>de</strong>monstrem a credibili<strong>da</strong><strong>de</strong> e viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> longo prazo <strong>de</strong>ssas iniciativas, e todos os<br />

mesmos requisitos <strong>de</strong>finidos no parágrafo 10 do Padrão <strong>de</strong> Desempenho 6 para compensações <strong>de</strong><br />

biodiversi<strong>da</strong><strong>de</strong> também seriam aplicáveis a essas situações (por exemplo, resultados <strong>de</strong> conservação<br />

mensuráveis igual-por-igual ou melhores <strong>de</strong>monstrados in situ, ou no solo, etc.).<br />

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