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cialmente como resultado de valores em mudança, da descentralização da oferta<br />

com polarização nas residências e do crescimento do desporto organizado<br />

prioritariamente como espetáculo. Sintetizando, Watkins sugeriu que a emergência<br />

desses valores pluralísticos solicitariam uma administração peculiar, diferente<br />

da tradicional e orientada para conflitos, invocações e variedade de situações.<br />

Tentando avançar um pouco além de Watkins, ousaríamos antecipar que os<br />

colegas dirigentes e profissionais da educação física e do desporto deverão<br />

abandonar os ideais aristotélicos e criar um futuro segundo uma lógica partindo<br />

das aspirações do praticante autônomo, tal como tem ocorrido com os profissionais<br />

da recreação em seus sectores mais avançados. Isto implicaria, no final<br />

deste século, ir de encontro à proposta já antiga de 15 anos de W. Dufor, que uma<br />

educação física mais do que , globalizante das<br />

tendências humanas em vantagem sobre a actual fragmentação científica. Por<br />

outro lado, teríamos também de desenvolver a integração da educação física<br />

com o desporto, seguindo os modernos paradigmas da recreação e do lazer.<br />

Para aqueles que preferem referenciar-se por noções de como<br />

extensão dos praticantes, e de em substituição das actividades, cabe<br />

apelar para a interpretação de miopia em marketing, conforme a clássica proposição<br />

de T. Levitt (6). Nestas circunstâncias, a persistência dos profissionais das<br />

actividades físicas na manutenção dos antigos padrões de <br />

em lugar da , deverá representar o mesmo erro das<br />

estradas de ferro que se fixaram no seu produto tradicional, perdendo o mercado<br />

para outros meios de transporte mais modernos. Esta atenção exagerada sobre<br />

o próprio produto num mercado dinâmico, desfocalizada das oportunidades<br />

emergentes, repetiu-se recentemente com a indústria cinematográfica que somente<br />

percebeu ser o seu produto o do entretenimento quando já em pleno<br />

predomínio da televisão.<br />

A julgar por recentes reacções de mudança por parte do sector desportivo –<br />

naturalmente mais orientado para o marketing do que a educação física -, tornou-se<br />

mais viável o aparecimento de uma nova postura sem as ilusões da<br />

miopia, pelo menos no que concerne aos dirigentes. Neste caso, o exemplo mais<br />

relevante é o do Conselho <strong>In</strong>ternacional Olímpico cujas recentes mudanças são<br />

analisadas por R. Mollet (7), que destaca o esforço de se estabelecer uma nova<br />

filosofia para o olimpismo pela busca de um equilíbrio entre ênfases na competição<br />

e na cooperação; pelo trabalho de negociação política e administrativa<br />

para disciplinar a comercialização dos desportos; pela tarefa de codificar a<br />

participação feminina ora em crescimento e, sobretudo, pela composição de<br />

interesses para desenvolver o chamado .<br />

Neste último caso reside a síntese das inovações em andamento, uma vez que<br />

incorpora voluntários, dirigentes e profissionais diversos, considera teoria e<br />

prática dos desportos, como também engloba a educação física e a recupera-<br />

Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo 109

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