22.07.2014 Views

Download - Sports In Brazil

Download - Sports In Brazil

Download - Sports In Brazil

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

efeitos da altitude se tornam importantes; no segundo, registraram-se variações<br />

acima de 500 metros (STEGER, 1965; PEREIRA DA COSTA, 1967).<br />

[pp. 9-10] Não há dúvida que tal procedimento não é suficiente para uma<br />

perfeita aclimatação, e isso ficou comprovado por ILIEV e KRUSTEV: antes de<br />

participar da II Semana Pré-Olímpica, na Cidade do México (outubro de 1966), um<br />

conjunto de atletas búlgaros foi submetido a uma aclimatação a 1800 metros,<br />

com a duração de três semanas; observou-se, posteriormente, que a aclimatação<br />

adquirida era insuficiente para a altitude do local das competições (2240 metros).<br />

As pesquisas alemãs (REINDELL e Coll. 1967),. Também com vistas aos Jogos<br />

Olímpicos de 1968, confirmam plenamente esse pormenor, porém aconselham<br />

escalonar a aclimatação para o México, passando por FONT ROMEU, estação<br />

francesa de treinamento a 1800 metros de altura. Nisso também estão concordes<br />

os tcheco-eslovacos (KRAL, 1967), que realizaram trabalhos experimentais em<br />

BADGASTEIN (1083 metros) e BIELER HOHE (2040 metros) na Áustria, com quinze<br />

esquiadores de fundo.<br />

Em face do exposto é indutivo que o máximo de rendimento é obtido no treinamento<br />

da altura correspondente ou possivelmente um nível mais elevado. Ocorreria,<br />

nesta última alternativa, o que poderíamos denominar de superaclimação.<br />

Embora seja reconhecido que indivíduos adaptados às elevadas altitudes tenham<br />

necessidade de se aclimatar quando transportados para a planície (Vide: SÍNDROME<br />

DA MUDANÇA CLIMÁTICA VERTICAL), os habitantes das regiões próximas ao nível do<br />

mar, ao se ambientarem á altitude, não perdem suas características iniciais – pelo<br />

menos a médio prazo – e nada sofrem ao regressar, apresentando, inclusive, melhorias<br />

nas performances de esforço de resistência e de “endurance”. Explicar-se-iam, assim,<br />

as notáveis inversões nos resultados de prélios de futebol entre bolivianos e<br />

argentinos, em LA PAZ (4000 metros) e BUENOS AIRES (Nível do mar).<br />

A interpretação desse fenômeno residiria no fato de ser a altitude uma forma<br />

de “stress” que criaria adaptações de ordem circulatória e respiratória que criariam<br />

condições mais eficientes de oxigenação, produzindo, em conseqüência,<br />

melhor rendimento muscular nos esforços prolongados. As notáveis performances<br />

de atletas de médias altitudes (1500/2500 metros), como as de BIKILA (habitante<br />

de 2400 metros), KEINO (1650 metros), MEJIA (2645 metros), etc., ao competirem<br />

em níveis mais baixos, confirmariam a hipótese.<br />

Recentemente foram levantadas considerações em torno desses fatos por<br />

REINDELL e seus colaboradores. A opinião dos eméritos pesquisadores alemães<br />

– que estão concordes com observações realizadas pelos russos – é que não há<br />

base segura para uma explicação do fenômeno e que o limite de treinamento<br />

para o homem do nível do mar estaria na faixa de 2800/3000 metros de altura.<br />

Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo 71

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!