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coordenação dos movimentos, observando, entre atletas italianos, o surgimento<br />

dessa crise entre o 7° e 10° dia após a mudança de ambiente; CABEZA localizou<br />

uma crise entre o 4° e o 5° dia da permanência no México, através de<br />

descontinuidade na evolução dos parâmetros fisiológicos em observação;<br />

THIEBAULT registrou uma paradoxal queda no rendimento das performances dos<br />

atletas franceses presentes à 1ª Semana Pré-Olímpica no México (1965) a partir<br />

do oitavo dia da estada, efeito que se estendeu até o 12° dia: os atletas sentiamse<br />

bem, em plena euforia, porém não conseguiram obter proveito no trabalho<br />

físico; PLAS comprovou o aparecimento da crise também no oitavo dia, embora<br />

considerasse a adaptação sangüínea quase estabilizada e as adaptações cardíaca<br />

e respiratória praticamente completas: MARTIN LALANDE observou um “período<br />

anárquico” entre o 5° e o 12° dia da permanência na altitude de 3600 metros<br />

de um grupo de 7 indivíduos sujeitos a uma série de pesquisa fisiológicas.<br />

A interpretação desse fenômeno, sob o ponto de vista da influência do sistema<br />

nervoso, nos é oferecida por HITTMAIR (1964): “é muito importante assinalar que<br />

a recuperação não segue um curso retilíneo nem progressivo, mas sim transcorre<br />

em fases com ondas positivas e negativas. Consideramos como onda positiva o<br />

estado vagotônico que liberta energias e como negativa o estado simpaticotônico<br />

agitado, com algumas alterações. No curso da recuperação temos comprovado a<br />

existência de fases negativas, com grande regularidade, no terceiro, décimo e<br />

vigésimo dias. A partir da quarta semana estas ondas negativas desapareceram,<br />

normalizando-se, e estabilizam as reações aos estímulos cotidianos, o que eqüivale<br />

dizer que a recuperação se completou. A fase negativa do terceiro dia costuma ser<br />

especialmente intensa. Desde algum tempo se tem comprovado sua existência”.<br />

E, outrossim, valiosa a contribuição de MARTIN LALANDE. Este autor francês<br />

sugere que os diversos fenômenos de adaptação fisiológica para a condição da<br />

altitude se processam descoordenadamente, acontecendo periodicamente encontros<br />

de efeitos contraditórios que produzem as “crises”; somente a partir do<br />

18º dia se coordenariam e se grupariam, atingindo a forma ótima no fim de três<br />

semanas. Tal proposição parece ser correta, tendo em vista as medições realizadas<br />

pelos trabalhos de pesquisas realizados no México, com grupos de diferentes<br />

origens. para esclarecimento do fenômeno PLAS, auxiliado por CHESNE, CHARRIEAU<br />

e DUTHOIT (1967), realizou notável trabalho de pesquisa com 14 atletas franceses<br />

em FOMNT ROMEU, fazendo o levantamento das reações hormonais e do metabolismo<br />

protídico durante as condições de treinamento na altitude. Observou-se uma<br />

remarcável queda nos índices dos glicocorticóides no oitavo dia da permanência<br />

no local em todos os atletas. Isto foi interpretado como uma peculiaridade do<br />

esforço realizado em altitude, já que o mesmo não acontece habitualmente num<br />

programa de treinamento prolongado ao nível do mar. Além disso, ficou evidenciada<br />

a possibilidade da baixa nos glicocorticóides ser um elemento patogênico da<br />

crise que se desenvolveria após determinado estágio das adaptações respiratória,<br />

circulatória e sangüínea. Concebeu-se, por outro lado, que este decréscimo da<br />

função surrenal entravaria o processamento dos metabolismos protídicos e<br />

hidrocarbonados, gerando a tão característica indisposição ao esforço, peculiar<br />

Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo 73

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