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C) Conclusões<br />

A viabilidade de um método de treinamento físico que use a altitude como<br />

agente stressante para o desenvolvimento de RESISTÊNCIA e da ENDURANCE é<br />

perfeitamente reconhecida à mostra dos dados postos em discussão. Portanto,<br />

podemos formalizar esse processo de trabalho – o ALTITUDE TRAINING – com base<br />

nas experimentações levadas a efeito e com a seguinte organização funcional:<br />

(1) Em princípio, nesse novo método a altitude atuará como uma “carga” de<br />

um exercício qualquer. Como se sabe o rendimento obtido pela aplicação de<br />

diferentes cargas estará na razão direta da dosagem: se for aplicada<br />

gradativamente será assimilada e, se for excessiva, se instalará um estado de<br />

inibição ou proteção. Simultaneamente com esse processo será executado um<br />

outro trabalho de contra-resistência no qual o agente stressor será o esforço da<br />

subida. Desta forma, é de se esperar adaptações funcionais específicas às resistências<br />

oferecidas pela altitude e pela dificuldade de progressão no terreno<br />

inclinado e não as modificações de natureza fisiológica, normalmente observadas<br />

no fenômeno da aclimatação.<br />

(2) Fundamentalmente, a exploração da altitude para esse tipo de preparação<br />

física não se resume em treinar nas alturas, mas sim passar de um nível para outro<br />

de modo a encontrar uma progressiva queda na pressão parcial de oxigênio.<br />

Se um atleta desenvolver um esforço em determinada altitude, ou sobre uma<br />

amplitude de variação pequena, o organismo tende a se aclimatar aquele nível,<br />

cessando, após algum tempo, o efeito estressante. Além disso, a simples remoção<br />

do atleta para lugar elevado (acima de 1.500 metros) criará um estado inicial<br />

protetor de duração variável e individualizado que impedirá, por algum tempo,<br />

um máximo rendimento no que se refere ao fator “quantidade de trabalho”. Se<br />

bem que as adaptações fisiológicas oriundas da aclimatação, neste novo lugar<br />

de treinamento, darão origem a uma performance melhorada em níveis mais<br />

baixos, a vantagem será transitória desaparecendo ao fim de alguns dias.<br />

(3) A amplitude funcional de diferenças de níveis para a obtenção de um efeito<br />

“stressante”, decresce com a altitude desde que a capacidade de trabalho é<br />

inversamente proporcional à altura. Até onde se pode observar, e de acordo com<br />

as necessidades de quantidades de trabalho no treinamento, o maior rendimento<br />

deve ser produzido pelo esforço executado entre 500 e 1.500 metros acima do<br />

nível do mar, percorrendo-se uma distância de 20 a 40 quilômetros entre os dois<br />

pontos, levando-se em conta a subida e a descida. A isto se acrescenta o detalhe<br />

da individualidade de reações tanto pelos efeitos da altitude como pela distância<br />

percorrida. Um outro esquema de trabalho, para indivíduos habitantes de locais<br />

elevados, seria subir a distância programada numa menor amplitude de variação<br />

de níveis; assim, por exemplo, um atleta que vive a 1.500 metros, subiria até 2.000<br />

metros, através de um percurso menos íngreme. De qualquer forma somente uma<br />

Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo 57

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