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Grün (1996, p.12), reforça esta idéia ao citar que “devemos revincular os problemas<br />

ambientais ao agir que os originou e deveria ser uma das preocupações<br />

de uma Educação Ambiental”.<br />

Portano, a Educação Ambiental necessita ser avaliada frente aos desequilíbrios<br />

humanos e não apenas nos desequilíbrios naturais, através de uma reeducação<br />

dos sentidos, responsáveis por todo o desajuste, argumenta Cascino (1999). E<br />

acrescenta o autor: “desajuste que não é portanto, geográfico, biológico, químico,<br />

geológico, físico, técnico. É ao contrário, social, histórico, antropológico,<br />

filosófico, político”.(p.93)<br />

A necessidade de se considerar estes aspectos (social, histórico...), já havia sido<br />

ressaltada na Conferência de Tbilise, Geórgia, em 1977, considerada um marco na<br />

evolução da Educação Ambiental e reforçada na ECO 92 no Rio de Janeiro, ao tratar<br />

as questões ambientais. Nestes dois eventos, orientou-se para que a Educação<br />

Ambiental não fosse abordada como uma disciplina específica (Dias, 1991)<br />

Diante de um quadro de disciplinas estanques que compõe o currículo nos tempos<br />

atuais, torna-se difícil uma abordagem ambiental que abranja todo o currículo,<br />

ratificando, Grün (1996) defende a abordagem hermenêutica para que as “áreas de<br />

silêncio” possam ser focalizadas praticamente em todas as disciplinas, argumentando<br />

que: “fruto de um dualismo lógico-estrutural entre o tipicamente moderno e<br />

a tradição essas áreas de silêncio são, talvez, o principal problema que a Educação<br />

Ambiental deverá encontrar pela frente nos próximos anos”.(p.106). Conforme o<br />

autor, o mito do progresso perderia seu encanto se fosse mostrado seu avesso. Daí<br />

as áreas de silêncio que perpassam o currículo, onde o processo civilizatório,<br />

como fuga distanciou-se da natureza, pois esta remete ao primitivo, que confronta<br />

como modernismo. Para contemplar as diferentes representações o currículo precisa<br />

ser estruturado de maneira a levar o indivíduo a adotar uma postura crítica,<br />

transformadora, que determine um comportamento mais consciente de suas ações,<br />

tanto a nível individual como coletivo.<br />

A Educação Física ao atuar no corpo, corpo este inserido e estimulado pelo<br />

ambiente, torna-se uma grande aliada no tocante à Educação Ambiental. Por<br />

trabalhar com o corpo, a Educação Física tem condições de tornar a Educação<br />

Ambiental um processo mais ampliado da consciência da sensibilidade desse<br />

corpo/natureza. Consciência que não passa apenas pela informação, mais que se<br />

amplia a aspectos do sensível e da participação, influenciado diretamente no<br />

modo como o indivíduo se relaciona com a natureza.<br />

Também neste aspecto, é importante mencionar um argumento apresentado<br />

por vário autores, dentre eles Cascino (1999, p.102), sobre a necessidade<br />

de um ensino voltado ao processo interdisciplinar, visto que, “a conjunção<br />

com o pensar interdisciplinar gera uma qualidade profundamente diferente na<br />

ação educativa”.<br />

190 Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo

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