22.07.2014 Views

Download - Sports In Brazil

Download - Sports In Brazil

Download - Sports In Brazil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

EFEITOS DO CALOR-UMIDADE NO EXERCÍCIO<br />

Um quadro completo dos chamados METEOROTROPISMOS – fenômenos biológicos<br />

correlatos com fatores meteorológicos – ainda não foi levantado pela<br />

pesquisa científica. Em se tratando dos efeitos meteorológicos na atividade<br />

física, um conhecimento quantitativo torna-se mais complexo face aos limitados<br />

conceitos da fisiologia do exercício, mesmo considerando a aproximação<br />

da relatividade biológica.<br />

No caso particular do conjugado temperatura-umidade já foi visto que, em<br />

princípio e em termos gerais, a atividade física é por ele condicionada. Uma<br />

confirmação simples e lógica dessa assertiva surge na revisão dos ganhos e<br />

gastos energéticos do organismo.<br />

A “máquina” humana transforma continuamente em energia os alimentos e<br />

oxigênio do ar absorvido. Três quartas partes dessa energia é convertida no<br />

calor emitido pelo corpo e a restante é utilizada pela atividade muscular. Num<br />

ambiente quente, onde o organismo reage ativamente no fenômeno da<br />

termorregulação, uma maior percentagem de energia, logicamente, é dissipada<br />

pelo calor. Em vista disso, o brasileiro ADALBERTO SERPA nos ensina que “ rendimento<br />

do motor humano, expresso em trabalho mecânico é mias ou menos fixo<br />

( em torno de 25% do calor total produzido) segue-se que o habitante da zona<br />

tropical produzirá menos que os das regiões frias”.<br />

[Fim p. 22 – Continua p. 23]<br />

A determinação quantitativa da influência da temperatura-umidade separadamente<br />

do exercício no fenômeno visto pelo conjunto, a qual dará condições<br />

ideais de observação, é extremamente difícil; ORWELL, TAYLOR e WANG tentaram<br />

e concluíram que os processos correntes de avaliação do consumo máximo de<br />

oxigênio tornam-se invalidados porque o máximo de pulsação é alcançado a<br />

uma menos intensidade de trabalho pela ação do calor. Na verdade, esses fatores<br />

somam- em sua ação (não havendo propriamente uma “adição algébrica” mas<br />

sim uma reação unificada como é comum dos fenômenos fisiológicos) sendo<br />

oportuno lembrar o conceito de SARGENT sobre o equilíbrio térmico: METABO-<br />

LISMO +-RADIAÇÃO+-CONVECÇÃO+-ARMAZENAGEM DE CALOR-TRABALHO REA-<br />

LIZADO-VAPORIZAÇÃO; essa fórmula está em equilíbrio num ambiente neutro em<br />

situação de repouso, no caso de um deslocamento de um dos termos (exercício,<br />

por exemplo) os outros reagirão na busca do equilíbrio variando continuamente<br />

seus limites de ação. Além disso há o imponderável fator psicológico de<br />

influenciação. O australiano MAC FARLANE comprovou experimentalmente que<br />

a reação do aparelho cardiovascular ao exercício e ao calor é ativada pelo<br />

mesmo mecanismo de controle nervoso, e o holandês TROMP nos chama a<br />

atenção, a propósito do chamado “suor” psicológico que serve de demonstração<br />

simples de uma provável ligação.<br />

Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo 41

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!