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pode ser muito valiosa para todos os profissionais relacionados à estruturação<br />

das visitas à natureza:<br />

1. Ensine menos e compartilhe mais. Se partimos com um grupo para entrar em<br />

contato com a natureza, é claro que todos têm a expectativa que você lhe<br />

explique o que pode ser visto, que os auxilie a compreender o que está acontecendo<br />

por ali. Mas é importante que o monitor também tenha condições de<br />

expressar o que sente e ouvir as manifestações dos participantes. Uma observação<br />

muito freqüente é a de que o excesso de conhecimento, ou a forma absoluta<br />

em que ele é apresentado pode desautorizar os sentimentos, provocando logo<br />

de início uma situação de hierarquia e de distanciamento que definirá todo o<br />

resto da experiência. Tão importante quanto conhecer os seus mecanismos, é a<br />

reflexão sobre os princípios que a regem, é perceber de que forma estas novas<br />

situações estão chegando até nós, como as estamos recebendo e o que fazemos<br />

com elas. De que serve, por exemplo, saber momentaneamente o nome científico<br />

de uma planta se isso nada vai me dizer sobre seu funcionamento, sobre suas<br />

relações com o meio e sobre suas relações conosco, que fazemos parte desse<br />

meio? Além do conhecimento do nome da espécie está a reflexão sobre como<br />

nos relacionamos com aquela espécie e como ela pode influenciar a nossa vida:<br />

o que ela pode estar me dizendo. Atrás desse esforço de interação está a idéia de<br />

que pouco a pouco posso ir desfazendo essa relação de sujeito-objeto (eu sou<br />

o sujeito que observo e manipulo e a natureza é objeto de minha observação ou<br />

admiração) para criar uma relação de sujeito-sujeito (estamos experienciando<br />

uma relação de troca). Por isso é importante compartilhar a experiência a cada<br />

passo. Assim você vai estimulando os participantes a se expressarem e a localizarem<br />

conhecimentos e sentimentos muitas vezes adormecidos em cada um.<br />

2. Seja receptivo. O monitor deve ouvir e estar atento tanto às manifestações<br />

do grupo como às manifestações do mundo natural. O monitor guia, dá o exemplo.<br />

Estando ele receptivo, o grupo já terá uma referência de como ser receptivo<br />

também. Ao abrir dessa forma as portas da percepção, as constantes descobertas<br />

trarão satisfação e alegria, estimulando cada vez mais a receptividade, que<br />

por sua vez possibilitará o início do aprofundamento da experiência. Todo comentário,<br />

por mais exótico que às vezes pareça, pode servir de oportunidade<br />

para que o interesse pela natureza vá crescendo gradativamente. Se assim for, a<br />

tendência natural de “consumir paisagens” vai se transformando em interesse<br />

autêntico, abrindo o caminho para uma maior interação.<br />

3. Concentre a atenção do grupo. A maioria das pessoas não está acostumada a<br />

observar a natureza tão de perto. Descubra logo de início o que lhes desperta mais o<br />

interesse e, pouco a pouco, leve-os a entender o que é uma observação perspicaz.<br />

4. Observe e sinta primeiro, fale depois. Se alguém chama a atenção para algo<br />

interessante que lhe chamou a atenção, uma explicação imediata do fenômeno<br />

pode interromper a experiência direta que estava acontecendo. Mais importante<br />

Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo 239

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