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Neste contexto, a ação do treinador no controle do treinamento físico toma<br />

aspecto decisivo. Com referência à metodologia, o desenvolvimento da pesquisa<br />

ainda não criou bases para o estabelecimento de um processo específico para<br />

as alturas. O recente ALTITUDE TRAINING (vide capitulo correspondente) é um<br />

método de trabalho que usa a altitude como “carga” da mesma forma que o<br />

POWER TRAINING usa o peso, ou o INTERVAL TRAINING usa o estímulo da velocidade.<br />

Assim sendo, seu emprego implica em não aclimatar o atleta a uma determinada<br />

altitude, mas sim passar de um, nível para outro desenvolvendo um esforço:<br />

trata-se, então, de um método de altitude, mas não para altitudes. Certamente<br />

advirá alguma reação de aclimatação em face da notável característica da<br />

“memória” fisiológica adaptativa (Vide: ACLIMATAÇÃO), porém inexpressiva para<br />

os objetivos em mente.<br />

A tomada de posição inicial diante do problema pode ser feita através de uma<br />

frase feliz de CREFF (1966) sobre as condições de aclimatação da Cidade do<br />

México: “... se trata menos de adaptar o atleta à altura do que adaptar o treinamento<br />

aos requisitos impostos pela altitude no que respeita à repartição de<br />

esforços, aos períodos de recuperação, etc.”<br />

Com efeito, desde que se iniciaram as peregrinações experimentais à Cidade do<br />

México, como preparativos para os Jogos Olímpicos, ficou patenteada a dificuldade<br />

na recuperação dos esforços, não importando fossem de curta ou longa<br />

duração. Isto foi interpretado, inicialmente, como uma conseqüência coerente<br />

da pressão parcial de oxigênio reduzida: o “pagamento” do débito de O2 demandava<br />

mais tempo para se completar. Tão característico era o fato, que ANDRIVET<br />

chegou a registrar que o maior problema dos atletas franceses, no que se referia<br />

ao treinamento, era o da recuperação após o esforço ou entre dois esforços.<br />

[pp. 31-32] CAMARA DE BAIXA PRESSÃO<br />

A utilização de câmaras de condições ambientais controladas não constitui<br />

novidade científica. Já em 1664, registrou-se a construção de um compartimento<br />

de pressão variável com comando externo, por um físico inglês chamado<br />

HENSHAW. Em 1835, JUNOD, na França, usa pela primeira vez uma câmara<br />

de baixa pressão para propósitos terapêuticos. Na atualidade, existem<br />

numerosas câmaras desse tipo, a maioria das quais utilizada para pesquisas<br />

aeronáuticas e espaciais.<br />

No caso particular do esforço físico em altitudes simuladas, com objetivos de<br />

treinamento desportivo, o emprego de tal artifício é bastante recente. Alguns<br />

pesquisadores, não são favoráveis à utilização das câmaras para aclimatar artificialmente<br />

atletas. O inglês PUGH é de opinião que as condições naturais não<br />

podem ser simuladas e, portanto, não aconselhou à Associação Olímpica Britânica<br />

a aplicação desse método.<br />

Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo 81

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