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MOTIVAÇÃO E FLOW-FEELING<br />

A teoria do flow-feeling foi desenvolvida por CSIKSZENTMIHALYI de maneira<br />

progressiva e fundamentalmente a partir da década de 70. Conhecido também<br />

como fluir, fluidez, fluxo ou experiência máxima , o flow-feeling auxilia entender<br />

melhor o porquê de pessoas realizarem certas tarefas com o máximo desempenho<br />

e em alto grau de motivação. Permite, por exemplo, detectar indícios importantes<br />

de como os trekkers mantêm uma alto nível de motivação em uma jornada<br />

altamente desgastante, cuja tarefa primordial é subir e descer uma determinada<br />

montanha, que para muitas pessoas pode não ter sentido algum.<br />

É apropriado avaliar que dos diversos conceitos sobre motivação verificados<br />

anteriormente, são encontradas palavras e/ou expressões iguais ou similares<br />

referentes ao flow-feeling ou experiência máxima, tais como; alcançar metas<br />

pessoais, satisfação, motivação intrínseca, impulsionar, estruturas de atividades<br />

e necessidades. Isto se deve pela característica dinâmica da experiência do fluir<br />

que se processa em um patamar de envolvimento e complexidade só possível em<br />

alto grau de motivação, por isso há uma identificação do fluir como transformador<br />

do self 4 e como um significativo motivador.<br />

O elemento sustentador para o fluir é determinado quando a atividade a ser feita<br />

é vivenciada como tendo um fim em si mesma. Além disso, independente de suas<br />

razões, esta atividade absorve a pessoa e torna-se intrinsecamente gratificante.<br />

Em todas as situações em que a pessoa flui, sua atenção é livremente investida<br />

para alcançar as metas pessoais. O fluir, é antes de tudo, uma experiência autotélica.<br />

A palavra autotélica, cunhada por CSIKSZENTMIHALYI ( 1990,1992,1997), originouse<br />

da união de duas palavras gregas, auto que significa por (ou de) si mesmo, e telos<br />

que significa finalidade. Daí a idéia de que uma experiência autotélica refere-se a uma<br />

atividade auto-suficiente, envolvente, realizada sem a expectativa de algum benefício<br />

futuro, mas simplesmente porque realizá-la é a própria recompensa.<br />

A experiência autotélica, ou o fluir, eleva o curso da vida a um<br />

nível diferente. A alienação dá lugar ao envolvimento, a satisfação<br />

substitui o tédio, a impotência se transforma numa sensação<br />

de controle, e a energia psíquica atua para reforçar a sensação do<br />

self, em vez de se perder atendendo a objetivos exteriores. Quando<br />

a experiência é intrinsecamente gratificante, a vida se justifica<br />

no presente, em vez de ser mantida como refém de um hipotético<br />

ganho futuro. (CSIKSZENTMIHALYI, 1992, p. 106).<br />

Pesquisando as atitudes e comportamentos de montanhistas praticantes de<br />

trekking (MIRANDA,2000) percebe-se que este pensar acima se configura em<br />

realidade prática, todavia não é um fenômeno que ocorre simplesmente por<br />

acaso. O fluir é uma experiência espontânea, favorecida por três situações:<br />

304 Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo

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