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mento no que se refere ao fator “quantidade de trabalho”. Se bem que as adaptações<br />

fisiológicas oriundas da aclimatação, neste novo lugar de treinamento,<br />

darão origem a uma performance melhorada em níveis mais baixos, a vantagem<br />

será transitória, desaparecendo ao fim de alguns dias.<br />

A amplitude funcional de diferenças de níveis para a obtenção de um efeito<br />

“stressante” decresce com a altitude, desde que a capacidade de trabalho é inversamente<br />

proporcional à altura. Até onde se pode observar, e de acordo com as necessidades<br />

de quantidade de trabalho no treinamento, o maior rendimento deve ser<br />

produzido pelo esforço executado entre 500 e 1500 metros acima do nível do mar,<br />

percorrendo-se uma distância de 20 a 40 quilômetros entre os dois pontos., levandose<br />

em conta a subida e a descida. A isto se acrescenta o detalhe da individualidade de<br />

reações, tanto pelos efeitos da altitude como pela distância percorrida. Um outro<br />

esquema de trabalho, para indivíduos habitantes de locais elevados, seria subir a<br />

distância programada numa menor amplitude de variação de níveis; assim, por exemplo,<br />

um atleta que vive a 1500 metros subiria até 2000 metros, através de um percurso<br />

menos íngreme., de qualquer forma somente uma experimentação no local escolhido<br />

determinará essa amplitude, principalmente acima de 2000 metros, em obediência<br />

a reconhecida e pronunciada reação individual à altura.<br />

O ALTITUDE TRAINING é, por suas características, um método de trabalho misto,<br />

já que o uso da altitude somente desenvolve a RESIST~ÇENCIA e a ENDURANCE,<br />

A VELOCIDADE, a FORÇA, a COORDENAÇÃO – RITMO para o caso particular das<br />

corridas de fundo e meio fundo – e a RESISTÊNCIA, objetivada isoladamente,<br />

devem ser desenvolvidas através dos processos usuais de trabalho: repetições<br />

de corridas de velocidade em pequenas distâncias, exercícios com pesos e repetições<br />

cronometradas de intensidade submáxima em distâncias médias.<br />

As cargas de altitude deverão ser aplicadas individualmente, dependendo da<br />

capacidade do atleta e do nível de onde partirá o esforço de subida. O número de<br />

cargas num programa de trabalho depende do grau do desenvolvimento da RESIS-<br />

TÊNCIA – ENDURANCE em relação às outras qualidades visadas pelo treinamento.<br />

Esta dosagem dependerá essencialmente na avaliação do treinador em manter o<br />

equilíbrio dos pontos visados. Observou-se em várias oportunidades que o excesso<br />

de número de cargas produz uma diminuição considerável na VELOCIDADE,<br />

embora a aplicação de três vezes por semana, num grupo de atletas que realizou<br />

um trabalho misto, nenhuma conseqüência extraordinária tenha trazido. O melhor<br />

sistema parece ser alternar as cargas de altitude com as cargas de intensidade na<br />

corrida, completando-se com cargas de contra-resistência (peso).<br />

[pp. 59-60] O ALTITUDE TRAINING pode ser uma solução eficiente para regiões<br />

tropicais e subtropicais onde existam montanhas e que se queira elevar o nível de<br />

possibilidades em relação à RESISTÊNCIA e à ENDURANCE. No caso particular do<br />

Brasil, essa viabilidade é excepcional: um relevo acidentado se estende pela<br />

costa e penetra pelo interior na área de maior desenvolvimento e concentração<br />

Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo 89

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