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egiões elevadas e chegada ao local da competição no mínimo com três semanas<br />

de antecedência.<br />

Tanto nos estágios como no período de aclimatação ao local, o atleta deve<br />

submeter-se a um programa de treinamento, não somente em razão da conhecida<br />

influência negativa de uma inatividade prolongada como também para assimilar<br />

as peculiaridades da deterioração da performance da altura considerada.<br />

Neste último caso haverá vantagem para aqueles já habituados especificamente<br />

para a altitude do lugar da competição.<br />

A primeira questão ou relação ao esboço do programa é o da progressão da<br />

intensidade do treinamento. Para os estágios isto não terá grande importância,<br />

porém para a situação pré-competitiva trata-se de um ponto crítico fundamental.<br />

Após a Semana Pré-Olímpica de 1965, os franceses concluíram que a 1 a semana<br />

da estada no México deveria ser dedicada ao repouso para fazer entre ao choque<br />

inicial da aclimatação; posteriormente seria retomado o treinamento, de<br />

modo a atingir o ritmo máximo no fim de três semanas. STEPAHN, relatando suas<br />

conclusões sobre a Semana Pré-Olímpica seguinte, a de 1966, observou que esta<br />

diretiva era arbitrária e ineficiente na prática: considerando-se o incontornável<br />

aparecimento da crise de aclimatação do 8 o dia com prolongamento até o 12 o<br />

dia, ter-se-ia ao redor de duas semanas de quase inatividade, a solução, portanto<br />

era iniciar mais cedo a escalada da progressão, propondo-se então começar no<br />

5 o ou no 6 o dia da estada.<br />

Um dado convergente do acerto dessa proposição é a decisão dos ingleses,<br />

segundo LEMANSIURIER, de estabelecer um vagaroso e progressivo trabalho na<br />

primeira semana, de forma a que a maioria dos atletas deve estar apta a resistir<br />

ao trabalho pesado no fim de 8 dias.<br />

A vista do exposto, parece-nos que a melhor diretiva é começar o trabalho<br />

físico no 4 o dia, dedicando os três primeiros dias ao repouso da viagem, à reação<br />

do choque inicial da aclimatação e à adaptação das mudanças de fas4es dos<br />

ritmos biológicos (Vide: FIUSOS HORÁRIOS). O autor teve condições de observar<br />

os efeitos de diferentes linhas de ação a respeito desse problema como treinador<br />

da Seleção Brasileira de Pentatlo Militar em sete eventos internacionais. Não<br />

havendo o fator altitude a considerar, mas tão-somente a viagem, o clima e as<br />

alterações de hora, o primeiro dia é de euforia, seguindo-se dois dias de astenia<br />

e depressão. Parece, até onde atinge a nossa experiência, que, nesses dois dias<br />

críticos, se conjugam todos os agentes de “agressão”, surgindo a reorganização<br />

orgânica somente no 4 o dia. Qualquer esforço de importância realizado pelo<br />

atleta nesse período advirá um retardo na recuperação. Levando-se em conta a<br />

altitude, há evidências que tais condições sejam mais caracterizadas. Contudo, a<br />

necessidade incontornável da realização de trabalho físico para uma aclimatação<br />

adequada não permitirá alterações nessa diretiva.<br />

80 Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo

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