22.07.2014 Views

Download - Sports In Brazil

Download - Sports In Brazil

Download - Sports In Brazil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Excluindo as duas performances destoantes de 23/MAIO e 30/MAIO a oscilação<br />

dos tempos para a distância dá uma amplitude de 2 minutos, que é extraordinária<br />

para as características do atleta e para o volume e o tempo de treinamento<br />

aplicado. Desta maneira, somos levados a crer que o desenvolvimento relevante<br />

de toda a equipe na qual a maioria dos atletas bateu seus recordes para a<br />

distância (Fig. 14) não foi devido em primeiro lugar à “memória fisiológica” mas<br />

sim à altitude.<br />

Além disso, um repasse na literatura sobre o assunto dá um sentido convergente<br />

nos pontos em discussão.<br />

Já há algum tempo, que vários autores vem registrando redução na performance<br />

em razão da altitude e independentemente da influência da aclimatação (RIVOLIER,<br />

1956), tornando indiscutível o conceito da capacidade de trabalho ser inversamente<br />

proporcional a altura (HERLITZKA, 1945; PRETTELT, 1965).<br />

Em conclusão, podemos conceituar que altitude constitui por si só uma<br />

resistência a ser vencida pelo treinamento, independente do trabalho muscular,<br />

e que dá origem a uma melhoria nas qualidades de RESISTÊNCIA e<br />

ENDURANCE.<br />

Uma explicação fisiológica deste fenômeno estaria no fato da altitude ser,<br />

indubitavelmente, uma forma de STRESS, conforme SELYE conceitua em suas<br />

obras (TROMP denomina de “STRESS DA HIPOXIA”), e portanto pode atuar,<br />

dentro de certos limites, como uma forma de exercício, criando adaptações<br />

fisiológicas ao esforço desenvolvido nas alturas que solicita um maior empenho<br />

das funções orgânicas. Ao se descer ao nível do mar, essas adaptações<br />

– de ordem circulatória e respiratória, até onde se possa reconhecer –<br />

ofereceriam melhores condições de oxigenação produzindo um melhor rendimento<br />

muscular.<br />

A este propósito e se antevendo uma possível dosagem do fator stressante<br />

para enquadrá-lo como forma de preparo físico é oportuno citar a interpretação<br />

de SCHUTZ e ARNDT sobre a ligação da concepção do STRESS com o<br />

treinamento desportivo, numa transcrição de MOLLET (1963): “Abaixo de um<br />

certo grau de intensidade o organismo não reage. Assim que esse limite é<br />

ultrapassado, a reação é proporcional à intensidade do estimulante. Acima de<br />

um determinado ponto, o aumento da força do estimulante provoca uma diminuição<br />

da força de reação podendo prosseguir até a criação de um fenômeno<br />

de inibição e de proteção. O organismo vivo submetido a um exercício de<br />

intensidade crescente, adapta-se progressivamente até suportar um estimulante<br />

no limite fisiológico de suas capacidades. Essa surpreendente adaptabilidade<br />

tem sido reconhecida por toda a parte. Sobre ela está fundamentada o<br />

treinamento desportivo moderno”.<br />

56 Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!