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[pp. 45-46] PRESSÃO PARCIAL DE OXIGÊNIO<br />

É crença geral, inclusive entre conceituados autores de diversos campos científicos,<br />

que a quantidade de oxigênio do ar decresce com a altitude. O fato é que<br />

as proporções dos gases que constituem o “ar atmosférico”! são aproximadamente<br />

constantes em qualquer altitude. A variação situa-se nas pressões parciais,<br />

tendo em conta que a pressão total decresce continuadamente a partir do<br />

nível do mar em razão da rarefação. É perfeitamente perceptível que menor<br />

quantidade de ar ocupando determinado espaço tenha menor pressão.<br />

Um indivíduo, habitante do nível do mar, respirando o ar rarefeito das alturas,<br />

reage, em primeira instância, através de uma hiperventilação procurando captar<br />

maior quantidade de ar. Como o trabalho dos pulmões não consegue equilibrar o<br />

débito, instala-se uma diferença entre as pressões externa e interna. Essa diferença<br />

é que sensibiliza o aparelho círculo-respiratório, criando-se alterações<br />

fisiológicas que eliminarão progressivamente o débito de oxigênio.<br />

Neste contexto e para maior entendimento do fenômeno, é digno de menção<br />

que os gases que compõem o ambiente atmosférico têm suas pressões parciais<br />

modificadas no interior do organismo durante as fases de absorção de oxigênio<br />

e eliminação do dióxido de carbono. A pressão total interna, entretanto, mantém-se<br />

igual à externa, para que seja possível um equilíbrio no fluxo das trocas.<br />

O quadro de STARLING e EVANS a esse respeito é bastante elucidativo:<br />

PRESSÃO PARCIAL EM MM DE MERCÚRIO (1)<br />

Ar <strong>In</strong>spirado Ar Alveolar (3) Ar Expirado (4)<br />

Oxigênio 158,3 99,0 116,0<br />

CO2 0,3 39,0 30,0<br />

N2 596,4 577,0 575,0<br />

Vapor d’água (2) 5,0 45,0 39,0<br />

760,0 760,0 760,0<br />

(1) Nível do mar; (2) Variável com temperatura umidade; (3) 37 C; (4) 35,5 C.<br />

Assim sendo, é correto dizer-se que o organismo humano, em altitude, reage<br />

diante da redução da pressão parcial de O2 e não da falta de O2. TROMP, esclarecendo<br />

a questão, registra que a percentagem de O2 no ar alveolar, ao nível do<br />

mar (pressão do ar = 760mm Hg), é de 14% com uma tensão parcial de aproximadamente<br />

100mm Hg. Isto representa 7% menos que o O2 contido na atmosfera<br />

(21%), sendo a pressão parcial igual a 150mm Hg. Com uma pressão atmosférica<br />

de 646mm, relativa a uma altitude de 1400 metros, a percentagem de O2 alveolar<br />

cai para 13,19%, que é uma diferença bastante diminuta diante da alteração da<br />

pressão parcial que nesse caso é 78,6mm. Portanto, é a queda da pressão parcial<br />

Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo 85

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