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O autor deste trabalho teve oportunidade de recolher impressões subjetivas<br />

entre o treinamento realizado num bosque temperado, considerado teoricamente<br />

o ideal para a atividade muscular (HONEFOSS, NORUEGA, verão de 1964)<br />

e o aplicado dentro de um ambiente vegetal subtropical (SUMARÉ, RIO DE<br />

JANEIRO, outono de 1965 e 1966). Pelo que se pôde observar os atletas consideraram<br />

menos monótono este último tipo, tanto pela variedade da vegetação<br />

como pela agressividade da paisagem; a alternância de espaços fechados –<br />

copas das árvores se tocando que, em certos trechos, dão a impressão de<br />

verdadeiros túneis de vegetação – com espaços abertos é o toque peculiar do<br />

bosque de médias altitudes subtropicais, parecendo ter um efeito mais favorável<br />

sob o aspecto psicológico.<br />

CIDADE E ARREDORES – a variação de temperatura produzida pela localização<br />

de centros populosos pode ser relevante em determinados casos, para a programação<br />

do treinamento. DUCKWORTH e SANDBERG constataram que a temperatura<br />

de uma cidade é proporcional à área edificada e à densidade populacional,<br />

condicionando a temperatura dos arredores. De um modo geral, a cidade é mais<br />

quente à tarde do que os arredores, acontecendo o contrário pela manhã. Assim,<br />

é uma boa norma programar as sessões de treinamento – tanto os de pista como<br />

os de montanha – bem cedo pela manhã, caso o local disponível seja dentro de<br />

uma cidade, ou ao anoitecer, se for nos arredores.<br />

Como qualquer outro método de treinamento, o ALTITUDE TRAINING é apenas<br />

um meio e não um fim em si próprio. Portanto, é importante e conclusivo ressaltar<br />

que o rendimento estará na razão direta do cuidado dos fatores constitutivos<br />

do chamado TREINAMENTO TOTAL (MOLLET, 1963), que incluem, além do desenvolvimento<br />

das qualidades físicas, a cobertura médica, social e psicológica, e o<br />

apuro da técnica – calendário anual, uso do material, programa de viagens,<br />

aclimatação, local e disciplina da concentração, aquecimento, competição, etc.<br />

Dentro desta forma fundamental, o exame dos fatores envolvidos e da programação<br />

funcional respectiva foge ao escopo do presente trabalho e deve ser<br />

deixado ao livre arbítrio do responsável pelo treinamento.<br />

[pp. 64-65] PREPARO PSICOLÓGICO<br />

As alterações importantes das funções psíquicas aparecem somente em elevadas<br />

altitudes (FOLK, 1967); entretanto, para a altura da Cidade do México (2240<br />

metros) aparecem resquícios dessas influências dignos de nota.<br />

De um modo geral, o indivíduo transportado do nível do mar para a montanha<br />

se adapta a um ambiente menos propício à atividade. As reações físicas e psíquicas<br />

tornam-se mais lentas do que na planície (TATARELLO, 1966), embora não<br />

afetando a exatidão (GRANDJEAN, BONI e MORIKOFER, 1957). O teste de<br />

RORSCHACH, aplicado nessas condições constata dificuldades em conceber abs-<br />

Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo 91

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