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ases para emendar a Carta Olímpica, documento maior de princípios do COI e<br />

das Federações <strong>In</strong>ternacionais a ele filiadas, o que ocorreu efetivamente em<br />

1996. A partir desta data, o COI passou a assumir publicamente os seus “três<br />

pilares de sustentação: esporte, cultura e meio ambiente” (Tavares, 2002). A<br />

modificação da Carta Olímpica incluiu a definição de desenvolvimento sustentável,<br />

já consagrada na histórica Conferência do Rio de Janeiro de 1992. Por este<br />

marco definitório, “as atividades físicas, os jogos e competições são sustentáveis<br />

quando sua instrumentalização respeita os valores intrínsecos da natureza<br />

e do esporte” (DaCosta, 2002). Em síntese, a definição então estabelecida e hoje<br />

corrente, propunha uma adaptação mútua entre praticantes e o meio ambiente,<br />

uma posição bem distinta em perspectivas do passado no Brasil com relação ao<br />

determinismo ambiental de Lyra Filho dos anos de 1960 ou do higienismo radical<br />

de Eduardo Ferreira França do século XIX, que entendia o meio ambiente como<br />

uma ameaça à saúde humana.<br />

1992 DaCosta publica em capítulo de livro seu segundo estudo filosófico sobre<br />

o meio ambiente “O Olhar e o Pensar Ambientalista”, no qual explora sua experiência<br />

científica de três décadas no tema. Neste texto – ora incorporado nesta<br />

Coletânea – há um resumo de sua crítica, ao declarar que “estamos incorporando,<br />

enfim, uma cultura ecológica, mas não conseguimos compreendê-la além<br />

dos dados científicos reducionistas ou da informação efêmera da mídia”.<br />

1993 Realização do Simpósio <strong>In</strong>ternacional Cidadania, Esporte e Natureza, organizado<br />

pela Universidade do Porto, em Portugal, por proposta de Lamartine<br />

DaCosta, então professor visitante daquela universidade. Também neste ano, no<br />

Brasil, Rita Mendonça, especialista em Planejamento Ambiental pela UNESCO e<br />

mestre em Sociologia do Desenvolvimento pela École des Hautes em Sciences<br />

Sociales, da França, publica o artigo “Turismo ou meio ambiente: uma falsa<br />

oposição” (incluído nesta Coletânea) denunciando que no Brasil “o turismo, tal<br />

como vem sendo implantado, não apresenta característica de sustentabilidade a<br />

médio e longo prazos”. Este estudo pioneiro, todavia de índole conceitual, constrói<br />

preliminares ao pensamento sobre o meio ambiente, que aparentemente<br />

influenciaram autores brasileiros de temas relacionados com o lazer de atividades<br />

físicas e turismo. Nas conclusões há perspectivas futuras da parte da autora<br />

que revelam tendências hoje razoavelmente confirmadas: “Há vários indícios de<br />

que essa sustentabilidade não ficará apenas em nosso exercício de raciocínio: os<br />

novos planos de desenvolvimento turístico vêm incorporando pouco a pouco os<br />

aspectos ambientais; a legislação ambiental brasileira é bastante clara e interessante<br />

em muitos aspectos; os conceitos e técnicas em educação ambiental têm<br />

evoluído muito. É claro que tudo isso precisa ser posto efetiva e completamente<br />

em prática. Mas não podemos perder de vista que se trata de um processo,<br />

formado por etapas e pequenas conquistas individuais”<br />

1994 Realização dos Jogos Olímpicos de <strong>In</strong>verno de Lillehammer, Noruega, que<br />

representaram os primeiros “Jogos Verdes” (Green Games) da história do Movi-<br />

20 Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo

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