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zadas no México destacam a importância desse fato. os búlgaros ILIEV e KRUSTEV<br />

(1967) chegaram mesmo a aventar a proposição de que no caso da impossibilidade<br />

de se treinar em altitudes iguais à da Cidade do México, a solução é procurar<br />

compensar a aclimatação através de um aumento de carga do treinamento<br />

num grau proporcional às modificações fisiológicas adequadas à altura da capital<br />

mexicana. Conclusões mais recentes, como a de REINDELL (1967), após prolongadas<br />

pesquisas com a participação dos maiores nomes da medicina desportiva<br />

alemã (ROSKAMM, WEIDEMANN, DOLL, KEUL, MALLEROWICZ, MERZ, RENEMANN<br />

e SAMECK), estabeleceram em termos razoavelmente seguros essa questão. Não<br />

há prejuízo orgânico no desenvolvimento do esforço prolongado na altitude de<br />

2240 metros. O problema da performance naquela altura está apenas ligado à<br />

deterioração em razão de uma menor pressão parcial de oxigênio (Vide: DETERI-<br />

ORAÇÃO DA PERFORMANCE) e a uma diminuição do potencial do organismo, que<br />

pode estar empenhado na aclimatação ao novo ambiente. É evidente, nessas<br />

circunstâncias, que uma forma aprimorada resultará num melhor resultado.<br />

Uma comprovação prática dessa hipótese nos é relatada por NORAN 91967); a<br />

equipe de canoagem romena, diversas vezes campeã mundial da modalidade,<br />

apresentou resultados excepcionais na Semana Pré-Olímpica de 1966 no México,<br />

em decorrência de um prioritário empenho na preparação física ao nível do<br />

mar; tanto a aclimatação como a performance da competição foram beneficiadas<br />

pelo elevado grau de condição física, havendo ainda a possibilidade de um<br />

componente psicológico de caráter positivo.<br />

Dentro desse contexto é interessante citar a interpretação levantada por<br />

ANDRIVET (1966). As pesquisas francesas em FONT ROMEU – estação de treinamento<br />

especial para as Olimpíadas do México, situada a 1800 metros nos Pirineus<br />

– e no MÉXICO foram contraditórias, no que se refere à hiperglobulia. No primeiro<br />

caso, entre cinco atletas submetidos a treinamento intenso apenas um apresentou<br />

ligeiro aumento no número de glóbulos vermelhos; no segundo, num<br />

grupo de 14 atletas, oito baixaram, quatro permaneceram em seus valores iniciais<br />

e dois apresentaram aumento. Por outro lado, observou-se que alguns dos<br />

atletas deslocados para a capital mexicana, submetidos anteriormente a treinamento<br />

longo e intenso na França, ao nível do mar, pareceram suportar melhor a<br />

agressão inicial da altitude. Desta forma, o emérito pesquisador francês estabelece<br />

a suposição de que os atletas bem treinados desenvolveriam outros processos<br />

de adaptação ao nível dos tecidos que tornariam desnecessária a<br />

hiperglobulina nas alturas.<br />

O problema da determinação do tempo funcional de aclimatação, outrossim, é<br />

também dependente do valor da altitude. Em princípio, é preciso considerar que<br />

a literatura médica examina prioritariamente o problema da altitude sob o aspecto<br />

patológico ou fisiológico, enquanto que a bibliografia desportiva preocupase,<br />

sobretudo, com as variações de performance. No primeiro caso somente<br />

acima de 1500 metros (ROSSIER, BUHLMANN e WIESINGER, 1962; TROMP, 1963) os<br />

70 Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo

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