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como base para a revitalização dos esportes tendo em vista as exigências de<br />

proteção ambiental. A Agenda 21 teve também origem na Conferência de 1992 do<br />

Rio de Janeiro, consistindo num compromisso de esforços conjugados de governos<br />

e instituições em projetos de conservação ou de proteção da natureza (“21”<br />

refere-se ao século visado pela Agenda).<br />

1999 Tem lugar no Rio de Janeiro-RJ a Terceira Conferência Mundial sobre Esporte<br />

e Meio Ambiente, promovida pelo COI e organizada pelo COB. Este evento foi<br />

o maior até então ocorrido no tema proposto, com a presença de 93 representantes<br />

de Comitês Olímpicos Nacionais e de 19 Federações <strong>In</strong>ternacionais de<br />

esportes. O significado desta participação inédita prendeu-se ao crescente<br />

envolvimento das modalidades esportivas per se nas questões ambientais, em<br />

complementação aos interesses voltados para os Jogos Olímpicos e mega eventos<br />

esportivos em geral. Segundo avaliação de DaCosta produzida em 2001 por<br />

solicitação da Universidade de Colônia, Alemanha, em 29,7% das contribuições e<br />

discussões da Conferência de 1999, o foco se pôs na ética, sobretudo em termos<br />

de comportamento pessoal e de intervenções de governo. Já 27,0% dos trabalhos<br />

voltou-se para perspectivas e projeções futuras do tema de proteção ambiental,<br />

enquanto 24,3% abordou técnicas e instrumentos de manejo ecológico. Os assuntos<br />

de promoção de eventos e os relacionados com a educação e cultura<br />

foram residuais com 18,9%. Estes resultados indicaram a existência de ambigüidade<br />

no trato das questões ambientais por parte dos gestores esportivos das<br />

entidades internacionais, o que foi posto em foco por DaCosta posteriormente<br />

no trabalho “<strong>In</strong>ternational Trends of Sport and Environment - a 2001 Overview”,<br />

já aqui citado e resumido pela presente Coletânea.<br />

1999 No Brasil, Rita Mendonça amplia sua linha de reflexão e re-conceituação<br />

do turismo vinculado ao meio ambiente, publicando “Sentido da Viagem”, capítulo<br />

de livro em que a busca de novos sentidos constitui a abordagem principal<br />

(ver texto com este título na presente Coletânea) diante da crescente valorização<br />

da natureza. Na mesma linha de conta, situam-se Cristiane Ker de Melo & Ana<br />

Cristina P. C. Almeida no estudo “Nas Trilhas da Relação Educação Física – Meio<br />

Ambiente” – incluído nesta Coletânea – inserindo os nexos das atividades físicas<br />

organizadas ou de lazer na re-semantização unificada da natureza. Tais resignificações<br />

neste estágio implicaram em verificações empíricas, como o fizeram<br />

Alba Pedreira Vieira & Priscyla Assis em “Turismo Ecológico: essa possibilidade<br />

de lazer é ‘quente’” (ver nesta Coletânea), produzindo levantamento de<br />

campo. Para estas autoras, o desenvolvimento da Educação Ambiental passa<br />

pelo turismo ecológico (EMBRATUR, 1994: “Um segmento da atividade turística<br />

que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua<br />

conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista através da<br />

interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações envolvidas”).<br />

Este, por sua vez, “oferece enquanto espaço para vivência tanto do homem<br />

com seus pares, quanto do homem com a natureza; essa vertente do turismo<br />

vem a cada dia se consolidando como potencializadora forma de se conhecer<br />

a natureza, dela fruindo e usufruindo, de maneira orientada e sustentável”. A<br />

Meio ambiente, esporte, Lazer e turismo 23

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